A autonomia do BC, a “inteligência ideológica" e a IA

Continuando minha série de artigos em que procuro vislumbrar uma situação onde as opiniões com orientação exclusivamente ideológicas se confrontam com análises feitas por uma Inteligência Artificial, não sendo possível portanto, a princípio, que esta seja rotulada de “fascista”, “fanática de direita”, etc., no costumeiro escapismo de expressiva parcela da população, apresento desta vez comentário de uma IA a um artigo do “professor” Emir Sader (porta voz do Luiz Inácio) para o jornal Brasil247 (outro porta-voz do Luiz Inácio) intitulado “As heranças malditas deixadas para o governo Lula”.

Seguindo uma diretriz de grupo emitida pelo governo, “Combater a autonomia do Banco Central e a SELIC atual”, Sader faz o papel que lhe cabe de forma impecável, do ponto de vista de “cordeirismo”.

No entanto vejamos análise da IA para o seguinte trecho do artigo: "Uma herança muito pesada (autonomia do Banco Central), que pretende impedir que o novo governo, eleito democraticamente pelo voto popular, possa colocar em prática seu próprio programa, escolhido pelo povo mediante as eleições. A expressão mais clara disso está na definição das taxas de juros mais altas, um obstáculo decisivo para impedir que a economia volte a crescer e torne possível a reversão das desigualdades sociais e regionais características do Brasil.

É a mais maldita das heranças, porque condena o país à recessão, pela ação deletéria de uma pessoa, nomeada pelo Bolsonaro para impedir que a economia volte a crescer e favorecer os interesses dos bancos privados. Que impede que a vontade democrática do povo se realize.".

Comentário da IA: “Essa afirmação é baseada em uma visão política específica e deve ser interpretada de acordo com a perspectiva ideológica de quem a emitiu. No entanto, é importante ressaltar que a autonomia do Banco Central é uma medida que tem sido adotada em vários países, não apenas no Brasil, como forma de garantir a estabilidade econômica e evitar interferências políticas que possam comprometer a credibilidade da instituição.

A autonomia do Banco Central não impede que um governo eleito democraticamente implemente seu próprio programa, mas sim busca garantir que as decisões econômicas sejam tomadas com base em critérios técnicos e não em interesses políticos momentâneos. Além disso, a definição das taxas de juros é uma das principais ferramentas de política monetária para controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica, e não deve ser utilizada como instrumento de promoção de interesses específicos.

Portanto, embora haja controvérsias em relação à autonomia do Banco Central, é importante avaliar essa medida de forma objetiva e considerar os potenciais benefícios e riscos para a economia do país. É importante ressaltar que a política monetária é apenas uma das várias políticas públicas que podem contribuir para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, e que a superação das desigualdades sociais e regionais é um desafio complexo que requer um conjunto amplo de medidas e ações coordenadas.”.

Como podemos ver, a IA foi “honesta” na sua análise, o que não acontece com todos os que seguem a diretriz de grupo que determina que a solução dos problemas atuais do Brasil seja restringida a autonomia do Banco Central e a taxa de juros.

Sabemos que essa campanha visa manter o foco das discussões num bode expiatório desviando a atenção da população da incompetência e irresponsabilidade do governo atual.

Não é possível defender o atual governo sem uma dose elevada de desonestidade intelectual, atributo que não foi incluído na programação da IA, porque se assim fosse teríamos que chamá-la de Burrice Artificial. Já nos basta a Burrice Natural.

Argonio de Alexandria
Enviado por Argonio de Alexandria em 26/03/2023
Reeditado em 27/03/2023
Código do texto: T7749355
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