Evolução Criativa das Espécies – Livro de Amit Goswami - Visão Geral
INTRODUÇÃO
O desânimo, cuja causa foi a perspectiva de emprego de muito tempo e trabalho, foi vencido pela motivação para tentar facilitar o entendimento, sobe o livro “Evolução criativa das espécies”, cuja indicação foi justificada em publicação anterior.
Entende-se que, nossa pretensão de elaborar um roteiro facilitador, também prometido em publicação anterior, teria que ser iniciada com visão geral sobre o livro. Depois deste, só então seguir-se-á com a série de artigos facilitadores.
ENTENDIMENTO SOBRE OS OBJETIVOS DO AUTOR
No prefácio, o autor, Amit Goswami, esclarece sobre do que trata o livro; “de uma nova biologia integrativa, que tem o potencial de unir as muitas controvérsias da biologia, resolver seus paradoxos e explicar os muitos dados anômalos que intrigam os biólogos, especialmente os darwinistas”.
Após leituras do livro, entendeu-se como: objetivos maiores - criticar as limitações das teorias científicas convencionais, firmadas apenas no materialismo; afirmar a existência duma estrutura para integrar toda ciência em um todo coerente, ciência dentro da consciência; mostrar a viabilidade de integração entre ciência e espiritualidade; e convocar os homens para trabalharem, orientados por sua teoria, para romperem as travas evolucionárias; objetivos específicos – indicar os paradoxos e controvérsias das teorias criacionistas e evolucionistas; mostrar a necessidade de uma grande atualização na biologia; apresentar sua teoria “Evolução Criativa”; criar uma nova biologia com base nessa teoria; e, concomitantemente à apresentação de novos conceitos, fazer espécie de validação de sua teoria com narrativas sobre: origem do universo; origem da vida; macro evolução; evolução criativa; leis e complexidade das formas; percepção; instintos; biologia da morte e a sobrevivência após a morte; e razões e rumos da evolução.
EVOLUÇÃO CRIATIVA - SIGNIFICADO
A evolução criativa propõe um mecanismo evolucionário baseado na criatividade quântica – a criação por uma consciência quântica.
Essa teoria diz respeito a nova abordagem de evolução biológica. A ideia essencial é que novas espécies costumam surgir graças aos atos criativos da consciência.
Essa criatividade tem lugar de modo instantâneo em saltos quânticos.
CONSTRUÇÃO DA TEORIA
Cabe aqui observar, antes que que se tente dar uma síntese de como Amit Goswami construiu sua teoria, uma sua afirmativa presente no livro “Evolução criativa das espécies”: “seria impossível criar a teoria da evolução criativa sem a existência da física quântica”.
Com base: no darwinismo e neodarwinismo, principalmente, nos seus paradigmas, dogmas, controvérsias e paradoxos; em várias outras correntes de pensamento sobre a evolução ou criação das espécies, em especial: criacionismo; desígnio (desenho) inteligente; holismo; lamarckismo; organicismo; teorias das catástrofes e da pontuação (macro evolução); e vitalismo; bem como em outros conhecimentos, em especial a física quântica; enunciou os fundamentos dessa teoria e os validou solucionando paradoxos e invalidando controvérsias.
Numa espécie de validação da teoria são apresentadas, dentro dos fundamentos da teoria da evolução criativa, respostas sobre às origens da vida e do universo,
Integra tópicos de diversos pensamentos sobre a evolução biológica das espécies: desígnio inteligente; teóricos da pontuação (macro evolução e salto quântico); monstros esperançosos; genes neutros; biologia organísmica; lamarckismo; criacionismo; holismo; estudos sobre catástrofes; e neodarwinismo.
ORGANIZAÇAO DO LIVRO
O Livro está estruturado em 6 partes, 21 capítulos, além daqueles sempre presentes: prefácio, bibliografia, aliás muito extensa; índice remissivo e em 305 páginas:
PARTE 1 INTRODUÇÃO – CAPÍTULOS 1 A 5 – 69 PÁGINAS
Na realidade é muito mais do que se espera de uma introdução. Amit Goswami traça o perfil de uma nova abordagem da evolução biológica, chamada de “Evolução Criativa”. A ideia essencial é que novas espécies costumam surgir graças aos atos criativos da consciência. Essa criatividade biológica tem lugar em saltos quânticos, instantaneamente.
Visão Geral de nova biologia que poderá tornar-se uma biologia completa assim que se abrir mão do preconceito materialista e reducionista, bem como tomar-se como base a física quântica e o primado da consciência.
Capítulo 1 – Deus e uma nova biologia – subtítulos: Uma visão geral; E qual é o problema? Os princípios organizadores da velha biologia; O que é desígnio inteligente? Um choque de visões de mundo; O que dizem os dados? Desígnio inteligente sem um desenhista? Procurando um terreno intermediário; A flexa biológica do tempo; A outra controvérsia mais discreta: biologia organísmica; A velha controvérsia: lamarckismo
Capítulo 2 – Física quântica e causação descendente - subtítulos: Continuidade e descontinuidade; Consciência dentro da biologia ou biologia dentro da consciência? A objetividade da consciência que escolhe; Criatividade quântica e entropia; Algumas consequências; A nova biologia.
Capítulo 3 – Ligando biologia e física - subtítulos: Mais sobre a incompletude da biologia; Biossistemas e criatividade; A questão da credibilidade.
Capítulo 4 – A biologia dentro da consciência e outros princípios organizadores - subtítulos: Comportamento conforme leis e conforme programas; Física quântica consciência e possibilidades; O cérebro, a consciência e a mente; Paralelismo psicofísico; Criatividade situacional e criatividade fundamental; A flecha biológica do tempo revisitada.
Capítulo 5 – Evolução de que para quê? - subtítulos: O corpo grosseiro (material) e os corpos sutis; Os estágios da evolução; o futuro da evolução; Rumo ao ponto ômega; O restante deste livro.
PARTE 2 - “A VIDA E SUAS ORIGENS”” – CAPÍTULOS 6, 7 E 8 – 32 PÁGINAS
Utilizando-se: do princípio antrópico: da circularidade do universo e de sua cosmologia quântica; de ideias, experimentos, deduções teóricas; de conceitos, como “escolha retardada” e corpos morfogenéticos; narra sobre a solução do mistério, até então não solucionado, da origem da vida.
Capítulo 6 – Teorias materialistas da vida e sua origem - subtítulos: Modelos reducionistas da origem da vida: perto, mas bem longe; Modelos holísticos d auto-organização da vida: longe e, no entanto, bem perto; Além da auto-organização: o pensamento de Maturama.
Capítulo 7 – A origem do universo, a origem da vida e o observador quântico - subtítulos: Cosmologia quântica; Um universo de acaso e necessidade? O princípio antrópico: será que o universo foi feito para que a vida fosse criada? O experimento da escolha retardada; O experimento da escolha retardada no mundo macro; De volta à hierarquia entrelaçada: uma resposta a “o que é a vida?” O observador e a circularidade; Coincidências na origem da vida.
Capítulo 8 – Um desenhista precisa de projetos - subtítulos: Um desenhista usa projetos: campos morfogenéticos; Criatividades mental e vital; A definição de vida; O desafio aos materialistas; Programas somáticos em numa célula viva.
PARTE 3 – “EVOLUÇÃO CRIATIVA” – CAPÍTULOS 9 AO 12 – 48 PÁGINAS
Apesar de o título insinuar que nessa parte do livro seria desenvolvida essa teoria, isso já foi feito nas duas partes anteriores.
Continua com o mesmo processo utilizando-se da física quântica, das fraquezas e inconsistências do darwinismo, e de outros pensares evolucionistas para desenvolver, demonstrar sua validade bem como tratar de sua motivação, história, dinâmica e relação com o darwinismo.
Capítulo 9 – A evolução e o futuro do darwinismo - subtítulos: O princípio; A cruzada contra o lamarckismo; A cruzada contra o vitalismo; Drwinismo e o propósito; Os “ciclos e epiciclos” da teoria de Dewin; A questão da falsificação e a defesa de uma mudança de paradigma;
Capítulo 10 – Ideias pós-darwinistas e a jornada rumo ao novo paradigma - subtítulos: Monstros esperançosos; Genes neutros; Catástrofes e extinção; Dois ritmos da evolução: equilíbrio pontuado; Biologia organísmica – ou o que modela a forma na criatividade biológica? Teoria Gaia e simbiose; Será que a consciência cria a ordem biológica?
Capítulo 11 – Evolução criativa - subtítulos: Macro evolução e salto quântico; Evolução criativa e os intermediários; leis da forma: dinâmica do caos; Criatividade e complexidade: a progressão na evolução; Revisitando os intermediários: evidência do supra mental; Catástrofes: sincronicidade e o papel do organismo.
Capítulo 12 – Reconciliando o Darwinismo e a Teoria Gaia - subtítulos: Darwinismo como limite de correspondência com a criatividade situacional; Quem cria? A Dança de Gaia na evolução; O que Darwin quis dizer com a expressão “seleção natural”? Darwinismo ou evolução criativa?
PARTE 4 – “FORMA, SENTIMENTO E ENERGIAS VITAIS” - CAPÍTULOS 13 E 14 – 25 PAG
Trata do projeto, construção, desenvolvimento, estabilidade regeneração das formas e da consciência e da energia vital como necessárias nesse processo de construção das formas.
Apresenta argumentação comprobatória da existência da energia vital.
Apresenta detalhamento do corpo vital, dos campos morfogenéticos e o novo caminho que é aberto na biologia e no sentimento.
Trata de sentimento sua relação com os campos morfogenéticos, energia vital e emoções.
Mostra a necessidade de a biologia incluir o viver no estudo da vida – biologia do sentimento.
Apresenta evidências independentes sobre energia vital e medicina alternativa.
Capítulo 13 – Campos morfoge3néticos, evolução e desenvolvimento da forma - subtítulos: Revisitando o corpo vital e seus campos morfogenéticos; Evolução criativa e desenvolvimento; Estabilidade das formas; Regeneração; Campos morfogenéticos e o cérebro.
Capítulo 14 – Uma nova biologia do sentimento - subtítulos: Sentimento: o aspecto interno da vida; Campos morfogenéticos e os chacras; Medicina dos chacras; Robomorfismo ou antropomorfismo; O problema do reconhecimento; Acupuntura e homeopatia: dois problemas impossíveis para o materialista; O problema da heterogeneidade e a biologia vital; Medindo a energia vital; Não-localidade quântica: o aspecto público da energia vital; Plantas e animais sentem.
PARTE 5 – NEUROCIÊNCIA DENTRO DA CONSCIÊNCIA – CAPÍTULOS 15 A 17 - 31 PÁG
Apresenta alguns pontos para como estudar o cérebro dentro do primado da consciência: alguns postulados; relação entre consciência, cérebro e mente; consciente, inconsciente; percepção, cérebro e determinismo genético; significado; estados mentais indicados pela ciência e a possibilidade de outros estados mentais indicados pelo espiritualismo; e reconciliação da ciência cognitiva com o paradoxo da percepção - modelos cognitivos de percepção (realismo direto e teoria da representação), consciência quântica e um modelo funcional da percepção.
Investiga sobre o papel do cérebro na biologia-dentro-da-consciência.
Soluciona o suposto problema mente-cérebro.
Explica a neurofisiologia da percepção.
Apresenta discussão sobre a evolução da elaboração e representações por parte da mente.
Discorre sobre a evolução da mente: correspondência entre emoções, sentimentos e estágios de desenvolvimento externo e interno; e estágios de evolução da mente humana
Capítulo 15 – A relação entre consciência cérebro e mente –Distinguindo inconsciente e consciente: mensuração quântica no cérebro; O cérebro, determinismo genético e darwinismo; Significado e a relação entre mente e cérebro; O experimento de Marcel; neurociência dentro da consciência;
Capítulo 16 – Reconciliando a ciência cognitivas com o paradoxo da percepção - subtítulos: Modelos cognitivos de percepção: realismo direto e teoria da representação; O ser humano tem uma cabeça grande? Consciência quântica e um modelo funcional de percepção; Um cérebro num jarro; A ciência cognitiva dentro da consciência: comentários adicionais.
Capítulo 17 – A evolução da mente - subtítulos: Evolução das representações vital e mental; Estágios de evolução da mente humana.
PARTE 6 – MAIS DA NOVA BIOLOGIA: A DIMENSÃO SUPRA MENTAL -29 PÁGINAS
Trata as divergências do lamarckismo com o darwinismo.
Apresenta contextos supra mentais da evolução: morte e sobrevivência após a morte.
Discorre sobre: ecologia profunda; bioética; e bioética socio biológica baseada no “gene egoísta”.
Mostra que os genes não são o único mecanismo hereditário, e acrescenta à teoria de Lamark, novas formas de transferência hereditária: por meio dos campos morfogenéticos; e pela reencarnação; ampliando-a para o neolamarckismo.
Explica os instintos.
Mostra a dificuldade para destravar a inércia evolucionária. Relaciona sentimento e emoções; e como desenvolver emoções positivas e transformá-las em instintivas.
Convoca a humanidade para essa transformação que se inicia com saltos quânticos individuais.
Capítulo 18 – A biologia da morte e a sobrevivência após a morte – subtítulos: Experiência de quase-morte; Uma teoria da individualidade sobrevivente; Reencarnação; A integração entre ciência e espiritualidade.
Capitulo 19 – Uma nova bioética e a ecologia profunda – sem subtítulos.
Capítulo 20 – Lamarckismo e o mistério dos instintos - subtítulos: E se os genes não forem o único mecanismo hereditário? Transferência de informação hereditária por meio de campos morfogenéticos; Transferência de informação hereditária pela reencarnação: alma-grupo; Neolamarckismo e a explicação dos instintos;
Capítulo 21 – Evolução: o próximo passo - subtítulos: Inteligência emocional e instintos; Desenvolvimeto emoções positivas; Transformando emoções positivas em instintos; Tirando a humanidade da imobilidade.
CONCLUSÃO
Compreendeu-se que o livro de Amit Goswami “Evolução criativa das espécies” registra sua teoria “Evolução criativa”, que rompe com a ciência materialista, e se desenvolve no primado da consciência. Por tratar-se de evolução, não, além dos temas estreitamente relacionados à sua teoria, foram tratados: a própria evolução, a origem do universo, da vida e alguns aspectos como forma, sentimentos, emoções e energias vitais.
Evolução criativa, nova abordagem de evolução biológica, que propõe um mecanismo evolucionário baseado na criação por consciência quântica.
“Evolução criativa” teoria desenvolvida com base: na física quântica; em inconsistências e em pontos convergentes extraídos de análise de teorias como: criacionismo, desígnio inteligente, evolucionismo; holismo; lamarckismo; organicismo, teorias das catástrofes e da pontuação (macro evolução), vitalismo.
Além dessas teorias, deram suporte: ideias, ou pensamentos específicos como: ponto ômega de Teilhard de Chardin; hipótese Gaia de James Lovelock; o pensamento de Maturama; os genes neutros de Kimura; os monstros esperançosos de Goldschmidt; estudos e experimentos como: de escolha retardada; de visão autocóspica; um cérebro num jarro (Dr Smithson/Ludwig); sobre sentimentos - de Cleve Backster e filme de Scheldrake; experimento sobre congruência e incongruência de significado - de Marcel; paradoxos como: o do gato de Schrödinger; o do amigo de Wigner; e o do demônio de Maxwell.
Inicialmente desenvolve conceitos básicos e os fundamentos da teoria da evolução criativa dos quais destacam-se: primazia da consciência; autorreferência; hierarquia entrelaçada; causação descendente; descontinuidade; macroevolução; não-localidade; mundos de possibilidade; corpos morfogenéticos; criatividade biológica; criatividade mental; criatividade vital; criatividade situacional; e criatividade fundamental.
A seguir, numa espécie de validação da teoria, aplica-a para responder às grandes perguntas e alguns mistérios e paradoxos tais como: as lacunas fósseis; a origem da vida; a origem do universo; paradoxo da percepção; o mistério dos instintos, bem como para estabelecer algumas conciliações como: de o darwinismo com a teoria de gaia; e de a ciência cognitiva com o paradoxo da percepção.
Além disso, como o eixo central da teoria é a evolução, trata especificamente de: o objeto da evolução, de seu propósito, de a evolução da mente; do destino da evolução; e de como romper as travas evolucionárias da humanidade
Entre os objetivos do trabalho amador desenvolvido e publicado no sítio “Recanto das Letras” encontra-se o de compartilhar um dos tesouros encontrados nessa encarnação – “Ciência Iniciática das idades” e identificar alguns poucos, mas representativos, casos de grande integração e concordância entre essa ciência, e a tradicional. Para tal, foram destinadas duas séries: “Ciência dos Homens” e “Ciência dos Deuses”.
Sempre que for possível, nos próximos textos, que farão parte de a pretensiosa intenção de publicar um roteiro didático para facilitar a leitura e entendimento do livro “Evolução criativa das espécies“, de Amit Goswami, indicar-se-á endereços relacionados da série “Ciência dos deuses” (Ciência Iniciática das Idades”).
FONTE
Livro “Evolução criativa das espécies” – Amit Goswami – Tradução por Marcello Borges
ENJDEREÇOS RELACIONADOS
DICA DE LEITURA – EVOLUÇÃO CRIATIVA DAS ESPÉCIES – AMIT GOSWAMI
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7531949
FUNDAMENTOS DA FÍSICA QUÂNTICA
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/7537724