O ESPAÇO COMO MARCO DE REFERÊNCIA ABSOLUTO

Que o espaço seja um marco de referência absoluto prova-o a própria luz. A luz, como sabemos é por si um marco de referência por quê se move à velocidade constante no vácuo e sempre em linha reta. Ora, pode-se objetar a isso afirmando que a luz quando passa próxima à um corpo com gravidade intensa, sofre um desvio causado por essa mesma atração gravitacional. Logo, a luz não se propaga sempre em linha reta senão que sofre curvatura por ação gravitacional de algum corpo altamente denso.

O que acontece porém, é que não é a luz que sofre a curvatura, mas o espaço. A gravidade do corpo distorce e dobra o espaço. Além do mais a luz ou as partículas fundamentais chamadas fótons, não têm massa, e algo que não tem massa não pode sofrer ação da gravidade, logo podemos concluir que a luz não sofre o efeito da gravidade.

Então como explicar a curvatura da luz, quando esta passa próxima de um campo gravitacional intenso? A explicação está como dissemos acima, na curvatura do espaço. É que a luz sempre se propaga em linha reta em relação ao espaço e isso acontece porque a luz “considera” o espaço como um marco de referência absoluto. Se o espaço se curva, a luz nada mais faz que lhe seguir a curvatura. Ou seja, em relação ao espaço a luz sempre se propaga em linha reta. Repetindo, não é a luz que faz curvas, é o espaço que se dobra devido ao efeito gravitacional de algum corpo denso. A luz apenas segue este caminho.

Assim sendo, podemos concluir que o espaço é sim um marco de referência absoluto, constante e imóvel.

Resta-nos uma objeção: Como foi dito acima, a luz jamais poderia sofrer diretamente e de per si a ação da gravidade porque não tem massa. Apenas corpos com massa têm e sofrem ação gravitacional. Ora, se o espaço sofre ação gravitacional curvando-se, então o espaço deve ter massa. Talvez seja o que os físicos modernos chamam de matéria escura, que permeia o espaço. (ou que talvez seja o próprio espaço). Assunto deveras interessante que demanda estudos mais aprofundados.

Fernando Paiser
Enviado por Fernando Paiser em 04/05/2022
Reeditado em 04/05/2022
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