O “ESPÍRITO” E A TECNOLOGIA DA CRIAÇÃO —XXIX—

Há uma legião incomensurável de espíritos que passam milênios de tempo a se encarnarem em corpos que são a repetição de outros corpos similares dos quais foram provenientes por gerações e gerações de seres que se reproduzem com o único fito de promover a continuidade de uma cultura e de uma civilização que se desenvolve parcimoniosamente em direção à vigência global da inteligência artificial (IA).

Quando essa IA chegar a se estabelecer definitivamente híbrida (humanos/máquinas: este processo já começou em 21/12/2012) então o fim da condição, dita humana, neste planeta terá atingido o princípio do fim. As tecnologias emergentes terão atingido o “ponto sem retorno” e em breve alcançarão o máximo de suas potencialidades em termos de evolução biológica humana. O patamar do pós-humano estará em franco andamento.

A fusão entre tecnologia e biologia sintética terá mudado a condição de projetação de microrganismos e sistemas vivos avançados, que passarão à condição de agentes transformadores em escala industrial de matérias-primas recém egressas da tabela periódica dos elementos.

O computador e o cérebro começaram (uma era de transferências no uso de interfaces, a promover a ligação física e lógica entre dois ou mais sistemas humano/máquinas informatizadas) com plugues entre eles. Espaços modulares terão o conceito ampliado e adaptado à tecnologia do custo-benefício na construção de engenhos híbridos, dispositivos autômatos biocibernéticos. Aqueles bilhões de espíritos que se encarnavam em corpos dito humanos das cidades da Terra, não mais terão acesso a esses novos modelos de seres porque nesses corpos não mais poderão aterrissar ou neles permanecer.

Nessa nova configuração de corpos, o homem se converte em sua própria tecnologia. Sua consciência estará a serviço de novos senhorios que exigirão deles uma fidelidade canina. Seus interesses em servir estarão plugados na vontade e interesses de uma humanidade (se ainda dessa forma poderá ser chamada) controlada por entidades não biológicas.

Seres dito humanos podem, desde aquela data acima citada, ser considerados sistema operacionais obsoletos. A recuperação de naves de tecnologia Et pelos governos dos países mais desenvolvidos, provocará, após a reengenharia das mesmas, um avanço “high-tech” que já começa a mostrar as unhas.

A manipulação genética ganha ousadias nunca dantes imaginadas nos laboratórios onde os processos de manipulação de genes no organismo, no qual se introduzem genes invasores que logo se adaptam às novas configurações do DNA biocyber.

Os espíritos aos bilhões, aos trilhões, às legiões intermináveis, continuarão a rondar os corpos e a se instalar neles por mais algum tempo nessa Terra. Mas serão impulsionados pela biotecnologia Et, em direção a mundos outros nos quais os seres, dito humanos, ainda estarão em condições biológicas de assimilá-los em contextos planetários nessa e em outras distantes galáxias, onde os hominídeos da família taxonômica dos grandes primatas estarão a se multiplicar e a superar-se em espécies até o advento do Homo sapiens e as suas habilidades na criação e desenvolvimento da linguagem.