Satélite brasileiro

SATÉLITE BRASILEIRO
Miguel Carqueija

No dia 28 de fevereiro de 2021, à 1,54, foi lançado na Índia um satélite brasileiro, o Amazonia 1 (SSR-1) — primeiro satélite artificial inteiramente feito no Brasil, e que tem a missão de monitorar o território brasileiro e inclusive defender a nossa ecologia, localizar os desmatamentos.
E isso é mais do que importante.
Pelo que pude pesquisar, o projeto deste artefato, embora já existisse há décadas, só teve o seu início efetivo em 2001, quando Fernando Henrique Cardoso era Presidente da República. Tendo em vista as complicadas questões técnicas, científicas e mesmo financeiras, o projeto do satélite brasileiro se arrastou, mas afinal tornou-se realidade em 2021, sendo Marcos Pontes (até agora o único astronauta brasileiro) Ministro da Ciência e Tecnologia.
O SSR-1 pesa 637 quilos e pode agora observar e monitorar nosso vasto território contribuindo substancialmente para a defesa da Amazônia e todos os nossos biomas.
Com essa tecnologia de ponta agora alcançada, estamos diante de um ponto altamente positivo do atual governo, e o Presidente Jair Bolsonaro está de parabéns por este êxito.
Entretanto, não sou tão ingênuo de superestimar este feito inegável, porque, para seu efetivo sucesso, é necessário que funcione o fator humano.
Explicando melhor: embora seja assaz importante a tecnologia, necessária para a infra-estrutura das ações ecológicas, é igualmente importante que os funcionários encarregados do assunto — do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, Forças Armadas (sim, não esqueçamos que as Forças Armadas ajudadas por voluntários apagaram os recentes incêndios, a duras penas mas heroicamente) — acompanhem atentamente todas as informações transmitidas pelo satelite e pautem suas ações no campo ambiental-ecológico com presteza, eficiência e honestidade. É cedo portanto para avaliar, vamos dar um tempo até o ano que vem, quando já poderemos saber se nossa ecologia melhorou com o advento do SSR-1. E peço a Deus que isto realmente aconteça. A Natureza brasileira agradece.

Rio de Janeiro, 6 a 11 de agosto de 2021.

imagem da wikipedia