A urna eletrônica e os dinossauros
O sistema atual de recepção e armazenamento de votos das urnas eletrônicas é baseado numa planilha digital interna que, segundo os “entendidos”, permite a recontagem dos votos a qualquer momento.
Acontece que, num sistema digital, a não ser que alguma variável seja acrescentada, suprimida ou alterada, a recontagem, mesmo que refeita um milhão de vezes, dará sempre o mesmo resultado, o que apesar disso ou por isso mesmo, não garante que não houve fraude no registro dos votos.
Se um voto é registrado de forma diferente da intenção do eleitor, ele ficará armazenado daquela forma e como é óbvio, não importa quantas vezes ele for recontado, ele entrará no resultado sempre como voto que não corresponde a vontade do eleitor.
Aqui não se trata de ficar do lado ou apoiar o político A ou B, se trata de preservação de um direito de quem tem real noção de sua condição de cidadão e não é apenas um fiel servidor de interesses que, com certeza, não são os do Povo.
Cabe também a seguinte pergunta: se o sistema atual é tão confiável como se diz, qual é o mal de se unir essa “maravilhosa característica” com um direito e desejo dos cidadãos conscientes que é ter seu voto arquivado na forma material?
Considerando o exposto, os que dizem que o voto impresso representa “volta ao tempo dos dinossauros” e patati-patatá, são ignorantes ou mal intencionados ou querem apenas ser “do contra”, como meninos birrentos.