O Brasil na Lua
O BRASIL NA LUA
Miguel Carqueija
Ontem, dia 15 de junho de 2021, a TV Canção Nova noticiou a assinatura, por parte do Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado na cerimônia pelo Ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, nosso astronauta, de um acordo com a NASA que coloca o Brasil com parceiro no Projeto Artêmis, para reiniciar as expediçoes tripuladas à Lua inclusive com o envio da primeira mulher lunauta.
Uma iniciativa altamente louvável pelo que eu dou meus sinceros parabéns ao Presidente Bolsonaro e seu ilustre ministro.
É inadmissível que após diversos vôos tripulados bem sucedidos os norte-americanos tenham abandonado a exploração presencial da Lua desde 1972, é tempo demais. E tendo em vista a importância do Brasil no contexto mundial, já era tempo de uma participação maior de nosso país na Astronáutica.
Sei muito bem que muitas pessoas torcem o nariz diante da navegação espacial. Há décadas eu ouço falar o chavão de que a Astronáutica “não traz nenhum benefício à humanidade” e é apenas desperdício de recursos num mundo cheio de gente passando necessidade etc.
Ora, isso não é verdade. A Astronáutica traz benefícios, sim. Exemplo: os satélites de comunicação, graças a eles podemos assistir transmissões ao vivo geradas no Japão. Os empregos que, além de sustentarem muitos milhares de pessoas e suas famílias nas diversas agências espaciais, ainda abrangem atividades próximas, fornecedores de insumos. Posso lembrar também os subprodutos, como ligas que foram desenvolvidas a partir da exploração espacial, que precisou criar novas tecnologias. Os computadores também foram beneficiados.
Arthur C. Clarke, no seu notável livro “A exploração do espaço”, já lembrava há quase 70 anos que a humanidade precisa continuar se expandindo, senão cairá na estagnação. É a mensagem de Júlio Verne em seus grandes romances de ficção científica. Afinal, Deus nos deu um mandato no universo, que devemos estudar, temos uma civilização a aperfeiçoar. Por certo, temos sido muito desastrados com a natureza e com nossa própria sociedade. A Astronáutica, porém, é uma atividade nobre, que nos põe em maior contato com o universo exterior à Terra, que nos incute amor à Astronomia e desejo de ampliar nossos conhecimentos nessa especialidade.
É verdade que não sou a favor de tudo. Já mostrei minha repulsa com o que os comunistas da extinta União Soviética fizeram em 1957 com a cadelinha Laika. Também discordo do propalado projeto de viagem a Marte, coisa terrivelmente prematura. Mas reativar as viagens tripuladas à Lua é verossímil e razoável. E quem sabe a astronauta poderá ser uma brasileira? Sim, deverão haver muitas candidatas, são necessários treinamentos, testes de aptidão. Mas creio que está aberta a possibilidade. Vamos esperar.
Rio de Janeiro, 16 de junho de 2021.
O BRASIL NA LUA
Miguel Carqueija
Ontem, dia 15 de junho de 2021, a TV Canção Nova noticiou a assinatura, por parte do Presidente Jair Bolsonaro, acompanhado na cerimônia pelo Ministro de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, nosso astronauta, de um acordo com a NASA que coloca o Brasil com parceiro no Projeto Artêmis, para reiniciar as expediçoes tripuladas à Lua inclusive com o envio da primeira mulher lunauta.
Uma iniciativa altamente louvável pelo que eu dou meus sinceros parabéns ao Presidente Bolsonaro e seu ilustre ministro.
É inadmissível que após diversos vôos tripulados bem sucedidos os norte-americanos tenham abandonado a exploração presencial da Lua desde 1972, é tempo demais. E tendo em vista a importância do Brasil no contexto mundial, já era tempo de uma participação maior de nosso país na Astronáutica.
Sei muito bem que muitas pessoas torcem o nariz diante da navegação espacial. Há décadas eu ouço falar o chavão de que a Astronáutica “não traz nenhum benefício à humanidade” e é apenas desperdício de recursos num mundo cheio de gente passando necessidade etc.
Ora, isso não é verdade. A Astronáutica traz benefícios, sim. Exemplo: os satélites de comunicação, graças a eles podemos assistir transmissões ao vivo geradas no Japão. Os empregos que, além de sustentarem muitos milhares de pessoas e suas famílias nas diversas agências espaciais, ainda abrangem atividades próximas, fornecedores de insumos. Posso lembrar também os subprodutos, como ligas que foram desenvolvidas a partir da exploração espacial, que precisou criar novas tecnologias. Os computadores também foram beneficiados.
Arthur C. Clarke, no seu notável livro “A exploração do espaço”, já lembrava há quase 70 anos que a humanidade precisa continuar se expandindo, senão cairá na estagnação. É a mensagem de Júlio Verne em seus grandes romances de ficção científica. Afinal, Deus nos deu um mandato no universo, que devemos estudar, temos uma civilização a aperfeiçoar. Por certo, temos sido muito desastrados com a natureza e com nossa própria sociedade. A Astronáutica, porém, é uma atividade nobre, que nos põe em maior contato com o universo exterior à Terra, que nos incute amor à Astronomia e desejo de ampliar nossos conhecimentos nessa especialidade.
É verdade que não sou a favor de tudo. Já mostrei minha repulsa com o que os comunistas da extinta União Soviética fizeram em 1957 com a cadelinha Laika. Também discordo do propalado projeto de viagem a Marte, coisa terrivelmente prematura. Mas reativar as viagens tripuladas à Lua é verossímil e razoável. E quem sabe a astronauta poderá ser uma brasileira? Sim, deverão haver muitas candidatas, são necessários treinamentos, testes de aptidão. Mas creio que está aberta a possibilidade. Vamos esperar.
Rio de Janeiro, 16 de junho de 2021.