D E P E N D Ê N C I A

Francisco de Paula Melo Aguiar

Das drogas em geral, fabricadas ou naturais, o ser humano do século XXI herdou dos séculos passados tudo de bom e tudo de ruim, salvo as ressalvas culturais e pesquisas acadêmicas ou não do mundo científico.

A primeira indagação ou pergunta que se faz ao chegar em qualquer ambiente do mundo atual, inclusive nas casas comerciais, bancárias, escolas, universidades, hospitais e até mesmo nas capelas, igrejas, sinagogas, templos de quaisquer religiosidades, etc., é se tem internet?

O locus cultural para se saber que uma pessoa é importante ou não, moderna e ou atualizada é dizer que está conectada com o espaço cibernético e ou com o mundo. É dito assim como uma espécie de mito estruturante e estruturado entre todas as classes sociais de dominantes e dominados.

Não importa se gente letrada ou iletrada, isso é fato o uso da internet.

Tal comportamento também representa que a pessoa é dependente da droga chamada internet, haja vista que a pergunta: se tem internet é uma autodeclaração direta ou indireta de que é incapaz de viver ou de passar um único momento, um dia, por exemplo, desconectado. É fato e imposição para ser diferente entre os iguais e os desiguais temporais e caminhantes. Seu uso é uma espécie de droga que alivia a ansiedade ou sofrimento de seus usuários.

A ferramenta ou máquina chamada de computador, telefone celular, tablet, dentre outras, conectada a internet, aí o mundo está em suas mãos com um simples toque. Isso pode construir ou desconstruir qualquer pessoa jurídica ou física portadora de corpo e alma.

Sim tudo isso é possível, porque tem gente que passa o dia todo acessando e fazendo uma diversidade de coisas úteis e ou inúteis com a referida máquina conectada a rede mundial de internet, que é terra, céu e mar de ninguém até pouco tempo, apesar de que nem tudo os governos de qualquer regime político ideológico e religiosidade, ainda não tem o controle pleno do quero, do posso e do mando. E isso é possível graça ao fake News salvar um e satanizar simultaneamente milhões de usuários, estejam onde estiverem, serão atingidos, glorificados ou prejudicados.

E é daí quem vem às reclamações das partes prejudicadas e desconstruídas perante as portas do Poder Judiciário, requerendo providências que nem sempre vem.

E isso é fato, diante da disseminação semelhante ao filme “The Stuff” e ou “A coisa”, onde:

David Rutherford (Michael Moriarty) é um espião industrial que foi contratado por executivos da concorrência para descobrir a receita de um produto chamado Coisa, um iogurte com marshmallow que é um tremendo sucesso comercial. De alguma forma os consumidores parecem estar viciados no produto, o que faz com que os demais fabricantes queiram a fórmula a qualquer custo. Com a ajuda de Nicole (Andrea Marcovicci), a designer responsável pela campanha de divulgação da Coisa, e de Jason (Scott Bloom), um garoto que se recusa a comê-la apesar de toda a família adorar o produto, David tenta provar que a Coisa na verdade é um ser extraterrestre, que deseja se apossar da mente dos humanos para dominar o planeta¹.

Ainda que por analogia, a dependência da internet envolvendo o mundo infantojuvenil e de adultos de todas as idades é um caminho sem volta, porque as redes sociais são na realidade as drogas específicas do novo tempo em todo tempo e lugar, com apenas um mero toque.

A internet é a droga que oferece o prato on line predileto para tudo e para todos em todo tempo e lugar. Por enquanto, salvo apenas o céu do Grande Arquiteto do Universo lugar ainda não atingido pela criação humana.

Poucas são as pessoas que ainda não ingressaram na nave ou droga sem volta ou retrocesso da dependência da internet na vida diária envolvendo todas as classes sociais, ideologias e religiosidades.

O endereço dos amigos novos e antigos é encontrado no Google, o que vale dizer que tal façanha pode provocar alegria, prazer, conforto ou decepção, como por exemplos: tomar conhecimento que a menina bonita e charmosa do tempo de colégio, a patricinha que deixou de se cuidar e ficou gordinha, cheia de pelancas, feia, horrível, etc., bem como em saber que o menino feio, negro, zombado, filho de pais pobres, morador da favela, se cursou e se formou em um bom curso superior e passou no melhor concurso público que sua pátria ofereceu para quem tivesse conhecimento intelectual e acadêmico para matar a charada.

O caso é sério, a vida assim como a juventude pobre ou rica, passa como a vida e as estações do ano e ou uma noite atrás da outra com um dia no meio.

A internet deve ser usada em qualquer período da vida humana, porém com limite certo e conhecido, se possível para pesquisas educacionais, inclusive para conhecer as atualidades e costumes do mundo social e político. O mundo não é feito só de doçura, também pode ser salgado.

A dependência da droga da internet é o simulacro de qualquer outra droga dentre as drogas licitas e ilícitas que se conhece. A humanidade já não tem como deixa-la de lado, mesmo sabendo que pode fazer o bem assim como o mal, diante das milícias e das subjetividades e astúcias de grupos criminosos e não, ela só funciona com o toque do dedo do ser humano.

O que é o ser humano? Qual a diferença entre ser humano, natureza e cultura? Para onde vai à humanidade? Já que não se tem conhecimento exato de onde a humanidade veio e ou sua origem primitiva.

Tem gente que usa a internet só para olhar a vida alheia, assim como verificar os preços de mercadorias e serviços, a exemplo de lugar e ou de comprar e vender carros, casas, sítios, fazendas, engenhos, etc., quando na realidade a intenção é apenas de olhar, mera curiosidade.

E se não bastasse, tem gente que vive a bisbilhotar páginas e mais páginas das redes sociais de pessoas desconhecidas, como por exemplo, no facebook, para fantasiar ainda que por analogia a própria vida e suas curiosidades de endereços certos, porém desconhecidos. É ver com a cara e comer com a testa.

Sem deixar de lado aquela gente que vive a clicar em inúmeros anúncios milagrosos que oferecem emagrecimento sem dieta, inclusive garantindo que não precisa fechar a boca e nem reduzir o estômago. Milagre não comprovado. É o paraíso perdido na internet é achado sem muito sacrifício sem esforço de qualquer espécie. Tanto é assim que tem pesquisadores de fachada que vivem a selecionar e a dar print em pesquisas alheias, se passando assim como estudiosos em ciências ocultas e letras apagadas.

E não é diferente entre a classe escolar de qualquer nível, onde uma grande parcela de escolares não se deixar usar a internet como meio de estudo e pesquisa, preferindo em seus trabalhos escolares², selecionar e dar print, colando e entregando aos professores para correção e avaliação em uma diversidade de disciplinas de todas as áreas do saber humano. Onde fica a aprendizagem?

A rede bancária, hospitalar, os governos de todo mundo, os pesquisadores de todas as áreas do saber, as religiosidades que o que digam, todos os ramos de produtos e serviços da humanidade usam a droga da internet com ou sem pecado original em suas atividades de compra e de venda.

É na internet de onde vem todas as informações sobre santos e satanás da vida pública e da vida privada. Vem dai os noticiários com ou sem fake news, onde os correligionários e amigos de hoje serão os adversários e inimigos de amanhã. É rede de mentira e boataria local, estadual, regional, nacional e internacional. O pau que for pobre que se quebre.

Tem gosto para tudo na internet, inclusive as noticias policiais comentando sobre os crimes horríveis de repercussão nacional e internacional.

A droga da internet alimenta milhões e milhões de empregos e subempregos para a alimentação in loco de tudo que o povo viu e não viu, inclusive oferecendo bis as informações noticiosas de qualquer ideologia e religiosidade. É o cão chupando manga. É fraude com força!

A internet é a droga necessária indispensável que serve para assistir vídeos contendo filmes das mais variadas áreas do saber e do conhecimento, inclusive obras de ficção, histórica e literária.

A humanidade seria bem diferente se não existisse a internet, a maior dentre todas as drogas até então existente, uma febre viral pelo bem e pelo mal da humanidade de todas as classes sociais.

Se os pais e os professores tiverem como envolver de fato e de direito a atenção de seus filhos e de alunos na direção de usar a internet dentro e fora da sala de aula como instrumento de pesquisa para a vida acadêmica em todos os seus componentes curriculares formais e informais e em todos os níveis do conhecimento, a aprendizagem seria o sol do meio dia resplandecendo a meia noite, porém, a internet é usada para pesquisas e uso de jogos de ficção que despertam em grande escala apenas rivalidades e violências outras entre grupos e até mesmo individual, a exemplo da baleia azul, dentre outros existentes nesta linha de vídeo agressivo a vida.

A droga da internet faz a humanidade viver dentro da casa de cada usuário simultaneamente sem sair de casa. È um mundo novo, atraente, dependente e perigoso para quem não sabe usar diante das quadrilhas organizadas em cometerem crimes de todos os níveis e espécies em qualquer parte do mundo e atinge qualquer usuário e classe social.

O vício pela internet representa a droga rainha dentre as demais drogas usadas pela a humanidade.

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¹ Cf.: Filme americano, lançado em 1985 (1h 33min); com direção: Larry Cohen; elenco: Michael Moriarty, Garrett Morris, Paul Sorvino mais ; Gêneros Fantasia, Ficção científica, Terror .

² Cf.: Introdução às tecnologias de informação e comunicação. Disponível in.:<http://www.esar.edu.pt/be/ficheiros/Recursos/TIC/9ano/5%20-%20Internet.pdf>. Acesso em 25.Out.2019.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 25/10/2019
Reeditado em 25/10/2019
Código do texto: T6779206
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