Dados pessoais, política e privacidade: o preço da gratuidade da internet
A suposta gratuidade dos serviços digitais promovida por grandes nomes da tecnologia como Google e Facebook não passa de uma genial ilusão. Os dados de usuário são a nova moeda que as empresas “cobram” pela utilização das suas sofisticadas plataformas.
O problema é que a tecnologia desenvolvida como um recurso para criação de campanhas publicitárias personalizadas pode estar sendo utilizada para influenciar movimentos populares, decisões políticas e até o comportamento dos indivíduos.
As últimas eleições presidenciais no Brasil e em outros países foram marcadas por campanhas agressivas nas redes sociais e a enorme repercussão das famosas fakenews, as notícias falsas disseminadas de forma viral.
No momento em que nossas livrarias enfrentam uma crise histórica, ironicamente temos uma população nunca antes tão crítica, informada e engajada politicamente. Entretanto, a maioria dos discursos revela uma esclarecida polarização que merece ser questionada.
Se os algoritmos das mídias sociais estão sempre selecionando e entregando conteúdos de acordo com o interesse de cada usuário, isso não poderia estar fortalecendo as diferenças e promovendo a radicalização de ambos os lados?
A possibilidade de controle de massas por meio da coleta e uso de dados está fomentando debates sobre o tema em todo o mundo, bem como escândalos de grande repercussão como o vazamento de dados do Facebook para a empresa Cambridge Analytica deixam claro que diferentes setores, inclusive as grandes companhias, enfrentam dificuldades no gerenciamento dessas informações.
Providenciar órgãos de controle para essas ferramentas e leis que repudiem ações doutrinárias promovidas por empresas e governos deve ser entendido como uma ação prioritária, assim como o combate aos crimes cyberneticos.
Regulamentações como a GDPR (General Data Protection Regulation) na Europa e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) do Brasil são os primeiros passos nesse caminho. No entanto, o verdadeiro desafio encontra-se na educação dos usuários que, aparentemente, não tratam a exposição online com a seriedade necessária.
A conscientização de adultos aliada à educação de jovens e crianças sobre o uso saudável e crítico das inovações digitais precisa ganhar mais espaço nas instituições e organizações, bem como nas residências, visto que o contato e o uso dessas ferramentas é cada vez mais abrangente e se inicia cada dia mais cedo.
A suposta gratuidade dos serviços digitais promovida por grandes nomes da tecnologia como Google e Facebook não passa de uma genial ilusão. Os dados de usuário são a nova moeda que as empresas “cobram” pela utilização das suas sofisticadas plataformas.
O problema é que a tecnologia desenvolvida como um recurso para criação de campanhas publicitárias personalizadas pode estar sendo utilizada para influenciar movimentos populares, decisões políticas e até o comportamento dos indivíduos.
As últimas eleições presidenciais no Brasil e em outros países foram marcadas por campanhas agressivas nas redes sociais e a enorme repercussão das famosas fakenews, as notícias falsas disseminadas de forma viral.
No momento em que nossas livrarias enfrentam uma crise histórica, ironicamente temos uma população nunca antes tão crítica, informada e engajada politicamente. Entretanto, a maioria dos discursos revela uma esclarecida polarização que merece ser questionada.
Se os algoritmos das mídias sociais estão sempre selecionando e entregando conteúdos de acordo com o interesse de cada usuário, isso não poderia estar fortalecendo as diferenças e promovendo a radicalização de ambos os lados?
A possibilidade de controle de massas por meio da coleta e uso de dados está fomentando debates sobre o tema em todo o mundo, bem como escândalos de grande repercussão como o vazamento de dados do Facebook para a empresa Cambridge Analytica deixam claro que diferentes setores, inclusive as grandes companhias, enfrentam dificuldades no gerenciamento dessas informações.
Providenciar órgãos de controle para essas ferramentas e leis que repudiem ações doutrinárias promovidas por empresas e governos deve ser entendido como uma ação prioritária, assim como o combate aos crimes cyberneticos.
Regulamentações como a GDPR (General Data Protection Regulation) na Europa e a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) do Brasil são os primeiros passos nesse caminho. No entanto, o verdadeiro desafio encontra-se na educação dos usuários que, aparentemente, não tratam a exposição online com a seriedade necessária.
A conscientização de adultos aliada à educação de jovens e crianças sobre o uso saudável e crítico das inovações digitais precisa ganhar mais espaço nas instituições e organizações, bem como nas residências, visto que o contato e o uso dessas ferramentas é cada vez mais abrangente e se inicia cada dia mais cedo.