Teoria do Eterno Retorno, História, Física, Cristianismo e Teatro de Máscaras
Texto de Victor da Silva Pinheiro
Teoria do Eterno Retorno, História, Física, Cristianismo e Teatro de Máscaras
Segundo a teoria do eterno retorno de Nietzsche, estamos destinados a viver essa vida novamente diversas vezes. Mas a teoria do eterno retorno fala para além dos ciclos de vida. Ela fala que o ciclo de vida passado e futuro vão se repetir no intervalo de tempo de existência do universo. Porque, segundo uma teoria da física, o universo que está em expansão vai um dia se contrair e vai acontecer o contrário do Big Bang, o Big Crunch, e o universo então vai implodir. Tem uma teoria que diz que os buracos negros vão por fim ao universo. Mas, com o fim desse universo, vai surgir outro universo e esse ciclo de renascimento e morte do universo é eterno; e é disso que Nietzsche fala. É a respiração de Brahma, segundo os hindus. O ciclo de vida do histórico de vida num devido tempo de vida do universo se repetirá e a única maneira de quebrar esse ciclo é se tornando o super-homem que Nietzsche descreve no seu fantástico livro: “Assim falou Zaratustra”. O super-homem é o “homem novo”, o herói, e só ele é capaz de criar o novo. Ele é um elo, uma ponte, entre nós, humanos, e a divindade. O herói faz nos lembrar que existe um Deus dentre de nós. Por isso, devemos imitar nossos heróis contextualizando nas nossas vidas, não repetindo erros do passado, viver o presente, e glorificar o futuro. O destino do super-homem, segundo Nietzsche, é ser o último homem. O último homem é o estágio final do homem. Segundo a tradição esotérica, se tornar o último homem, ou como os hindus chamam de avatar - encarnação da divindade - é só um pré-requisito para ter acesso a tantos outros segredos do universo. Existe algo mais além do avatar. Outros graus de evolução. Temos como exemplo de avatares: Jesus Cristo, Hermes Trismegisto, Apolônio deTiana, Moisés, Zaratustra, Buda, Lao-tsé, Confúcio, Maomé, Orfeu, Noé, Krishna, e etc. Só que Jesus é tipo o rei deles, que foi além com a ressurreição. Geralmente, eles acabam criando religiões com seus pensamentos, palavras e atitudes. Aliais, essa é a função do avatar: religar o homem a Deus.
Mas, voltando... A história não é uma reta, é uma espiral, se repete, mas não da mesma maneira, e quando a espiral acaba, surge outra espiral, é o eterno retorno. Como diz na bíblia: “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”. Pois, só os escolhidos são capazes de quebrar o ciclo do eterno retorno e viver em outras instâncias no universo ou até na própria Terra. Como diz na bíblia: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Agora, leitor, você se pergunta: “e o que tem haver o teatro de máscaras com essa história toda? ” Vou explicar... é que se Caio Júlio César, general e político da Roma Antiga, evoluir até chegar ao ponto de se tornar o último homem num ciclo de vida futura, alguém vai ter que ocupar o lugar deixado por Caio Júlio César quando um novo universo surgir e Roma necessitar de um herói para provocar a morte da decadente República Romana, e surgir o Império Romano e com o império 220 anos de relativa “pax (paz) romana”. Então, uma nova alma que já vem num ciclo de vida e tem as características perfeitas para esse papel vai ocupar esse lugar na história e também, paralelamente, fazendo sua história pessoal, evoluindo. Pra finalizar, existe outra interpretação do eterno retorno que diz que não é possível quebrar o ciclo do eterno retorno, mas apenas é possível compreende-lo. Cabe você leitor pesquisar e saber qual interpretação é a mais coerente.
Autor: Victor da Silva Pinheiro
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