COLTAN



Coltan
 é uma mistura de dois minerais: COLUMBITA E TANTALITA. Em português essa mistura recebe o nome columbita-tantalita.
Da COLUMBITA se extrai o NIÓBIO e da TANTALITA, o TÂNTALO. 
Esse último é Metal de alta resistência térmica, eletro-magnética e corrosiva e por tais capacidades é muito utilizado na fabricação de pequenos condensadores utilizados na maioria dos aparelhos eletrônicos portáteis (celulares, notebooks, computadores automotivos de bordo).
O nióbio é semelhante ao tântalo além de ter potencial como supercondutor. Ambos metais foram e continuam sendo fundamentais para toda a tecnologia relacionada a equipamentos eletrônicos.
As maiores reservas de tantalita (na forma "coltan", ou seja, junto com a columbita) estão na Rep. Democrática do Congo
 ,onde se trava uma guerra civil há anos em torno da posse das minas, entre outras complicações étnicas, territoriais e políticas. A O.N.U. apresenta estimativas desconcertantes como a de que já morreram mais de 4 milhões de pessoas na disputa pelo "ouro azul", além do impressionante faturamento de mais de US$250 milhões que teve o exército de RUANDA no comércio do caro mineral, sendo que não há mineração de "coltan" nesse país vizinho do Congo. A mineração de columbita-tantalita provoca grandes impactos no meio-ambiente tropical do Congo, uma vez que não são tomadas as devidas medidas de mitigação ambiental (fato óbvio no meio de uma região em guerra) além de as minas se encontrarem próximas ou mesmo algumas dentro de parques nacionais. A obtenção desses materiais a partir de componentes eletrônicos é complexa e cara. Ambos metais são extremamente caros e raros na natureza.
No BRASIL as maiores reservas de tantalita encontram-se nos estados de RORAIMA(com predominância no sul do estado) e no AMAPÁ.
Mina de Coltan Rep.Democrática do Congo

 
 
O Coltan e a guerra do Congo
 
            “Coltan” é a combinação de duas palavras que correspondem aos respectivos  minerais: a columbita e a tantalita, dos quais se extraem metais mais cobiçados do que o ouro. Se tomarmos em conta que estes metais são considerados altamente estratégicos e agregarmos que 80% das suas reservas  encontram-se na República Democrática do Congo, começaremos a vislumbrar porque há uma guerra neste país desde o dia 2 de agosto de 1998, porque dois países africanos como Ruanda e Uganda ocupam militarmente parte do território congolês, e porque já morreram mais de 2.000 (dois milhões de pessoas).
O coltan é essencial para as novas tecnologias, estações espaciais, naves tripuladas que se lançam no espaço e às armas mais sofisticadas.

            Esta guerra constitui a maior injustiça, em escala planetária, que se está cometendo contra um Estado soberano.
Nas últimas décadas a história nos ofereceu tristes exemplos de assalto e até da ocupação militar de um país independente. O Iraque invadiu o Kuwait, e os EUA fizeram a mesma coisa em Granada, ainda que com resultados distintos. Bombardearam-se países como Afeganistão e Iraque, amparados por um duvidoso respaldo da ONU.
Mas o que não havia acontecido desde a invasão de países europeus pela Alemanha de Hitler era a ocupação pura e dura de um território para aniquilar  milhares de cidadãos e explorar os recursos minerais do país ocupado.
É isso o que está acontecendo na R. D. do Congo.
O que adiciona gravidade a esta pirataria é a passividade da comunidade internacional.
Para aqueles a quem dói toda a opressão, assusta este desprezo por uma parcela da humanidade, duplamente ultrajada.

            Já ninguém pode ignorar que a guerra de que padece a República Democrática do Congo tem como causa a depredação de metais preciosos e recursos estratégicos.
Com isso se enriquecem alguns, e se financia a própria guerra.
Os culpados são muitos. Segundo um grupo de especialistas da ONU, que elaborou um informe sobre a guerra neste país, o Exército Patriótico Ruandês (EPR) montou uma estrutura 
ad hoc para supervisionar a atividade mineradora no Congo e facilitar os contatos com os empresários e clientes ocidentais. Se criaram várias empresas mistas entre os negociadores europeus do coltan e membros do APR e do círculo de pessoas próximas ao presidente ruandês Paul Kegame.
 
Um milhão de dólares por mês
 
O Exército ruandês translada o mineral em caminhões até Kigali, capital de Ruanda, onde é tratado nas instalações da Somirwa (Sociedade Minera de Ruanda), antes de ser exportado. Os destinatários finais são os EUA, Alemanha, Holanda, Bélgica e Cazaquistão. A companhia Somigi (Sociedade Mineira dos Grandes Lagos) tem o monopólio do setor; é uma empresa mista de três sociedades: Africom (belga), Promeco (ruandesa) e Congecom (sul-africana).
Entrega 10 dólares por cada quilo de coltan exportado ao movimento rebelde Reagrupação Congolesa para a Democraciaa (RCD), que conta com cerca de 40.000 soldados, apoiados por Ruanda. "Com a venda de diamantes - declarou Adolphe Onusumba, presidente da RCD - ganhávamos cerca de 200.000 dólares ao mês.
Com o coltan chegamos a ganhar mais de um milhão de dólares por mês."

 
OBS. As grandes nações que se intitulam democráticas e defensoras dos oprimidos, pouco se manifestam a respeito dos genocídios ocorridos na África.
Os meninos das aldeias arrasadas são incorporados aos exércitos guerrilheiros( marcados com um X no pescoço, treinados para matar), as meninas e mulheres estupradas e mortas juntamente com o restante da população.
O Coltan é trocado por armas, equipamentos diversos, veículos, suprimentos e proteção (principais parceiros: USA e FRANÇA)
A ONU faz corpo mole sobre o assunto!

" QUE VIVAM OS DIREITOS HUMANOS"