JIA-JIA
Há alguns dias atrás publicamos um texto versando sobre as espantosas experiências direcionadas ao “Transhumanismo”. Hoje vimos, no “Yahoo”, reportagem sobre uma boneca produzida na China que, em verdade, é um robô de última geração, capaz de realizar trabalhos complexos e conversar, sem dificuldade, com seres humanos. Os desenvolvedores da boneca já a batizaram com o nome de Jia-Jia e estão firmemente convictos de que irá trazer importantes benefícios à raça humana, sobretudo, na execução de diversos tipos de serviços, hoje a cargo de pessoas reais.
É importante considerar que esse é, apenas, mais um dos dados que vicejam pelo noticiário e que, se reunidos nos apontariam para um futuro sombrio e perigoso.
Nos dias atuais estamos constatando, por diversas razões, alguns fatos que implicam em prejuízo para os seres humanos, se bem que sejam altamente compensadores para alguns representantes da espécie.
Estamos assistindo ao que podemos chamar de “massacre da classe média”, ao constatarmos que, aqui entre nós, já temos doze milhões de desempregados e com a dispensa sendo ampliada por motivos diversos, principalmente pela crise à que o país foi levado pelos administradores, políticos e autoridades corruptas que elegemos para conduzir os destinos do Estado. Pascal Bernardin, em “Maquiavel Pedagogo” explica as razões de tal massacre em favor da implantação da “Sociedade Dual”.
No caso em tela, podemos associar o desemprego em razão dos progressos tecnológicos que inundam os mecanismos de produção fazendo a alegria dos empresários e investidores. Os aparelhos, máquinas, robôs e outros itens desse tipo estão sendo introduzidos nas empresas, drasticamente substituindo seres humanos, os quais são instados a aumentar o número de desempregados.
Estamos assistindo à nova tendência do mercado que achata o salário do novo empregado, ao substituir o que foi despedido, com salário maior.
Embora o comportamento empresarial seja legal é, no mínimo, imoral pelas conseqüências que traz ao desempregado e seus dependentes. Sob a ótica da Administração, as máquinas são objeto de inovação que racionalizam as atividades e, consequentemente, alavancam os lucros.
Computadores autômatos, máquinas diversas programadas, robôs, etc, ao tempo que substituem empregados, não geram despesas salariais, trabalhistas, previdenciárias, securitárias, etc..., bem como não precisam de férias, licenças para tratamento de saúde, vales refeições, vales transportes, etc, dinheiro que fica ao dispor do empresário para a alegria do seu bolso...
Ao lado disso, diversos mecanismos de mídia propagam as benesses de tais avanços tecnológicos induzindo, cada vez mais, a implantação desses recursos, o que aduba as despedidas de empregados.
No caso da boneca chinesa, estamos diante de uma situação em que o aperfeiçoamento desses itens está caminhando em avançado processo de perfeição que poderá congregar avanços de componentes já existentes. Há poucos dias vimos reportagem de um sujeito que vivia, maritalmente, com uma boneca dizendo-se, por ela, perdidamente apaixonado! Não é segredo para ninguém que bonecas desse tipo são vendidas às escancaras nas lojas de “brinquedinhos sexuais” e muita gente boa se aproveita das facilidades que essas meninas oferecem...
Embora estejamos nos referindo à questões ligadas ao desemprego, não podemos deixar de ver o lado hilário, dessa novidade, quando projetamos para um futuro próximo, bonecas desse tipo, além de estarem substituindo homens e mulheres nos mais diversos escaninhos das atividades humanas, passarem, também, substituir esposas, amantes, noivas, namoradas, garotas de programa e outros penduricalhos.
Não é, também, de espantar, se a tecnologia transhumanista avançar pelo que chamam de “politicamente correto” e começarem a colocar à venda, robôs paralelos aos indivíduos das comunidades LGBT e toda espécie de similares... Como se vê, a China aderiu ao consumismo capitalista e suas variantes...
Confira a notícia: https://br.noticias.yahoo.com/conhe%C3%A7a-jia-jia-rob%C3%B4-chinesa-servi%C3%A7o-ser-humano-175203301.html
Amelius – 10/01/2016