COMPUTAÇÃO GRÁFICA SEM LIMITES

A computação gráfica atualmente usada baseia-se na geometria euclidiana, e se apóia usando recursos fantásticos da computação em geral, tanto software quanto hardware, disponíveis.

Os principais elementos da geometria usados num desenho básico são o ponto, a linha reta, a linha poligonal (sequência de segmentos de retas), o círculo, a elipse, coordenadas cartesianas (X, Y e Z), plano e superfícies diversas.

Dentro de um arquivo de computação gráfica, são criados níveis ou layers, que se compões dos seguintes elementos ou atributos:

Nome do Nível, Cor, Tipo de Linha, e Espessura. Por exemplo:

PAREDE 30 TRACEJADA 0.100mm

O nível é PAREDE, a cor 30, tipo de linha tracejada (há uma biblioteca de fontes de tipos de linhas, de forma similar a fontes para textos no World) e uma espessura ou largura de 0, 100mm.

Tudo o que se faz textos ou desenhos, estará no nível corrente, ou seja, ativo naquele momento. Podemos escolher e ativar um nível a cada vez e até selecionar elementos do arquivo e destiná-los a um determinado nível desejado diferente do original. Cada nível (layer) pode estar ligado ou desligado, congelado ou descongelado, chaveado o deschaveado, significando exatamente o que expressam o conteúdo das próprias palavras.

Com isso, mais o texto onde temos disponíveis praticamente todas as fontes da biblioteca do World, engenheiros, arquitetos e outros, montam, seus desenhos e projetos. No projeto gráfico é possível medir distâncias, ângulos, volumes, representar texturas e, portanto obter quantitativos e dimensionamentos necessários. É isso simplificada mente. Ou melhor, era isso até hoje!

Assisti na televisão, a um fragmento de uma reportagem científica por esses dias, onde os elementos dos níveis crescem extraordinariamente. A matéria estava relacionada à medicina e mostrava pesquisadores americanos e brasileiros nos EUA, simulando o sistema circulatório do corpo humano. O coração e as artérias são scanerizadas em 3D, representadas em arquivo gráfico e aí simulam a circulação do sangue venoso e arterial.

Isso tudo já é fantástico. A grande novidade é que os níveis, lembrando como é hoje, têm nome, cor, tipo de linha e espessura, agora passam a ter “n” atributos diferentes. No caso mostravam a circulação sanguinea e acresceram o atributo resistência.

Meus amigos que coisa fantástica e imaginem isso transposto para engenharia em geral. Podemos montar (desenhar em 3 d), nossos projetos, informar resistências diferentes para cada material empregado e conhecido, peso próprio, simular cargas estáticas e dinâmicas, e levar nosso projeto virtual ao colapso, conhecendo assim os limites da resistência.

Fiquei imaginando que além da resistência dos materiais e cargas, informado em um atributo do layer, poderemos ter outros atributos, por exemplo, resistência elétrica, condutividade, maleabilidade, PH, dureza, ou seja, “n” variáveis.

Não é fantástico isso? Abrirá um leque de opções para a ciência e no nosso caso para arquitetura e engenharia em geral.

A capacidade do ser humano é ilimitada e quando achamos que evoluímos tanto que logo estaremos chegando quase ao limite, alguém vem com novos conceitos que revolucionam tudo, inclusive às nossas cabeças.

JORGE BLEDOW
Enviado por JORGE BLEDOW em 06/11/2016
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