As disputas entre sidartas e mungubas (3) .0
O arquétipo da cruz promoveu e desenvolveu o conhecimento, a ciência e a tecnologia. Naus capitaneadas partiram da Europa com mastros em forma de cruz e cruzes estampadas nas velas. A Igreja consentia o escravismo e autorizava a posse de novas terras descobertas, era a Igreja trabalhando junto com o poder real. Reis e reinados destinavam fundos à igreja e papados para obter benefícios no cemitério e no Céu. Os portugueses desembarcaram em solo brasileiro e logo que possivel realizaram a primeira missa no Brasil, marcando a religiosidade e a posse da terra. Para atrair os índios à missa, distribuiram pequenas cruzes, estratégias de persuasão e de convencimento já chegavam ao Brasil junto com o descobrimento (eurocentrismo). Um dia alguem se apropriou das estratégias de propaganda e denominou de marketing e merchandising, as ações de propaganda, dependendo da modalidade de estratégia de divulgação do produto ou serviço.
René Descartes baseou suas idéias em um gráfico de linhas perpendiculares formando uma cruz, intuiu que pensava e existia, sem determinar ou divulgar o que pensou. No início do século XX, um brasileiro foi ao velho mundo para estudar. E fez a cruz alçar voo, sair do chão com propulsão própria, enquanto americanos se elevaram aos céu atravéz de uma catapulta. Hoje o brasileiro é reconhecido como inventor do avião, Alberto Santos Dumont.
Sidartas e mungubas, lobo direito e lobo esquerdo, hemisfério esquerdo (HE) ou direito (HD), com predominação de um ou de outro, não importa, as informações se cruzam, tal que o HE controla o lado direito do corpo e o HD controla o lado esquerdo do corpo, Com impulsos elétricos e nervosos, os comandos e desmandos chegam ao nervo mais distal do cérebro.
Tico e Teco, sidartas e mungubas, não importa a definição de células neurais, ou um conjunto de células nervosas, muitas etapas ainda terão que ser ultrapassadas por Sidarta e Munguba para obter conclusões e confirmar por métodos cientificos, em linguagem científica os dados considerados como aceitáveis, e comprováveis pelo olhar cientifico, o olhar cartesiano. Por fim depois de inumeras descobertas ainda descobrirão que há muitas etapas a serem ultrapassadas.
A ciência tem sido assim, pesquisas provocam descobertas de curas, descrições e comportamentos, e ainda provocam descobertas de que há muito mais a pesquisar. Tal como os estudos sanguineos. A princípio o sangue foi classificado como positivo e negativo, a partir de pesquisas com macacos Rhesus, o que levou a classificar o sangue em fatores Rh positivo e Rh negativo (utilizando as letras Rh de Rhesus). Algum tempo mais tarde o sangue recebeu novas classificações: A, B, O e AB, onde eram apenas duas classificações, positivo e negativo, chegaram mais quatro classificações. A análise combinatoria de dois e quatro formou oito variedades sanguineas. Com o aprofundamento da hemodinâmica, veio a hemodialise substituindo os rins que não funcionam por uma maquina extracorporal. Com as coletas e transfusões, do sangue foi separado as plaquetas e outros elementos, agora dependendo das necessidades de um paciente ele pode se utilizar de uma papa de hemaceas ou outros componentes. Com o diabetes pesquisou-se e descobriu-se a
glicose que é medida no sangue. E com a obesidade determinou-se o colesterol que foi classificado de bom e de mal colesterol, de alta ou baixa densidade. LDL (nivel de densidade baixa) e HDL (nivel de densidade alta). Em uma análise de hemograma utiliza-se valores padrões determinados por pesquisas americanas baseadas em sua população, parametros que são utilizados e copiados pelo Brasil, já que não há por aqui um estudo tipológico de sangue da população brasileira. Outros elementos encontrados no sangue são pertinentes ao estudo da hemoterapia. Pesquisa requer tempo e investimento, para acompanhar resultados e estabelecer padrões.
Elaborado para ser enviado Ao Jornal de HOJE Natal - Parnamirim/RN ─ 21/07/2013 Roberto Cardoso (Maracajá)