As disputas entre sidartas e mungubas (2)
Navegadores ibéricos partiram da Europa com rumo em direção ao por do Sol, em naus e caravelas com uma enorme cruz estampada em suas velas. A cruz que partiu de Roma em direção ao ocidente, atravessou o continente europeu e lançou-se aos mares, em busca de novas terras e novos conhecimentos. Portugueses e espanhois atravessaram os oceanos e chegaram aos novos continentes. Partiram do Hemisfério Norte onde a orientação noturna celeste era a Estrela Polar, uma estrela brilhante que indica a direção do ponto cardeal Norte. A história descreve os desembarques finais de Cabral e Colombo.
Podemos hoje imaginar algo não descrito na história das navegações, algo que possa ter acontecido à bordo da nau de Pedro Alvares Cabral, e com sua esquadra. Supor que ao ultrapassarem a linha imaginária do equador avistarem no céu a constelação do Cruzeiro do Sul, e que provavelmente entenderam como um sinal de estar no caminho certo, visualizaram a que cruz indicava o caminho do sul, que indicava a direção de seus objetivos, os caminhos de novas terras. Avistaram terras que as denominaram Ilha de Santa Cruz e terras de Vera Cruz (a cruz verdadeira). Descobriram novas terras, o termo descobrir refere-se a uma visão eurocentrica, daquele momento da história, como se a Europa fosse o centro do mundo. Os portugueses desembarcaram e encontraram habitantes em um novo mundo, ou moradores, eles tinham suas moradas, e os denominaram de índios, talvez por achar que chegavam ás ìndias, e o denominativo índios perpetua até hoje. Índios que supostamente não conheciam a forma de cruz estampada em um grande tecido, mas conheciam formas circulares só por observar o Sol e a Lua, que tinham como deuses, e ao observar a própria natureza que possui casos raros de linhas retas, a linha do horizonte é o mais evidente. Faziam uso dos arcos e das flexas, um arco que parece e lembra uma tenue Lua minguante, arcos que lançavam flechas, visualizadas e encontradas em vegetação nativa, como lanças na extremidade de alguns vegetais. O conhecimento se constroi pela observação.
O ser social sulamericano atual tem muitos arquétipos acumulados em sua mente e inscritos em seu DNA, alguns reconhecidos pela história, outros desconhecidos e adormecidos.
Os neuronios de Sidarta e de Munguba entre flashes e insites precisam ter um conhecimento profundo da neuroanatomia humana e precisam ainda inicialmente ter conhecimentos amplos desde a embriologia humana até a anatomia geral do corpo humano. Em cada membro ou em cada órgão pode estar uma resposta ou uma pergunta a seus questionamentos. A partir do conhecimento de uma anatomia geral do corpo humano e uma anatomia cerebral cientistas das neurociências poderão inserir novos conhecimentos e realizar novos experimentos, um estudo baseado em estímulo e uma resposta. Fazendo pontes de conhecimento tal como a psicologia faz pontes articulando ideias e pensamentos, ensaios e comportamentos, chegando assim às suas conclusões.
Com a evolução da tecnologia a melhora dos alimentos e as descobertas de novas drogas, melhoria das condições habitacionais novos conceitos de saúde e novas
doenças vão se redefinindo, novas patologias sociais vão sendo descobertas e definidas. O ser humano no início do pensamnto científico entendia que era contaminado por miasmas, com o tempo descobriu que eram virus e bactérias, agora se ve contaminado e contagiado por comportamentos.
Jornal de HOJE
Natal - Parnamirim/RN ─ 14/07/2013