A última maçã.
Outubro/2012, um ano do falecimento de Steve Jobs, homem determinado e obsessivo, focado em seu trabalho, encarou situações difíceis, trabalhando e procurando informações, estudando e gerando alternativas, foi um visionário e um empreendedor.
Buscou variadas soluções e oportunidades para alcançar seus objetivos. Trabalhou em equipe desde articulações com amigos dos tempos de colégio à sedução. Era um grande sedutor quando necessário (Exame Info, out/ 2011).
Fazia as perguntas certas às pessoas certas nas horas certas, nos lugares certos e com o produto certo. Usou de marketing pessoal à espionagem industrial nada era injustificável para alcançar o que queria. Segundo Woolfe ao trabalhar com um propósito, o trabalho toma outra dimensão e torna-se mais inspirador. Para alcançar um propósito é preciso ter uma noção geral e contínua do processo. Ser um estrategista com poder, propósitos e princípios (Patel, 2007). Facilitando a detecção de erros em qualquer fase de um processo. E o propósito de Jobs era mudar o mundo e deixar uma marca no Universo (Revista Veja, out/2011).
Jobs foi um homem desafiador, religioso e, intuitivo. Tão revolucionárias foram as suas influencias sobre os comportamentos das pessoas, e das empresas. Desafiou John Sculley a ter um propósito, convencendo-o a sair da Pepsi e ir para uma empresa com poucos recursos e de nome pouco reconhecido. Não ofereceu mais dinheiro nem segurança, ofereceu um propósito: a chance de mudar o mundo. Salientou a Sculley que o que ele fazia era fabricar cada vez mais “água açucarada”, enquanto na Apple, teria a chance de mudar radicalmente a maneira de como o mundo se comunica, aprende e troca informações (Woolfe, 2009).
Lideranças só conseguem unificar esforços e levantar somas de capital com uma noção inabalável de propósitos Quando um líder se dedica a um propósito, e quando todas as tropas veem que sua dedicação é inabalável e verdadeira (Woolfe. 2009).
Nos anos 1970 os EUA elegiam Carter para presidente. Com o dinheiro da venda de um furgão e uma calculadora a Apple foi fundada numa garagem, por Steve Jobs e dois amigos. Um deles, Wozniak já produzia artesanalmente o Apple I. No ano de 1977 Wayne vendeu sua parte na Apple à Jobs e Wozniak, neste mesmo ano a empresa recebeu US$ 250 mil de um empresário e começou a produzir o Apple II, o primeiro computador com um drive externo de disquete.
Em 1979 Jobs e alguns engenheiros visitam a Xerox e conhecem o percussor do mouse, chegaram a novas conclusões. Em 1980 é lançada o Apple III, que fracassou e milhares de unidades precisaram ser reparadas. Começa a guerra entre Irã e Iraque, John Lenon é assassinado em NY, a Big Apple. Homenageando a filha Steve Jobs o Lisa é lançado em 1983, primeiro computador comercial com interface gráfica, em 1984 em um comercial de TV na temática do livro 1984 de Orwel. Em 1989, ano da queda do muro de Berlin, a Apple lança o Macintosh portable.
Diante de tantos lançamentos e tanta revolução e evolução tecnologia mal temos tempo de parar e pensar. Refletir sobre o que acontece a nossa volta, o mundo não é mais o mesmo, tudo é muito rápido. O século XX terminou em 1991 (Eric Hobsbawm).
A maçã é um símbolo grego da antiguidade na lenda de Géia a Mãe Terra. Simboliza a imortalidade, a beleza, a bondade e a renovação (Conway, 2004). Adão e Eva, Isaac Newton e Steve Jobs, se utilizaram deste símbolo e mudaram a história.
Roberto Cardoso (Maracajá)
Texto publicado em Informática em Revista
Ano VII - Nº 75 - pág. 31
Outubro/2012
Natal/RN