PARA ALÉM DAS REDES HIERÁRQUICAS
As redes predominantes hoje na Web são as redescentralizadas e descentralizadas. Pela sua natureza elas favorecem ashierarquias e asociedade disciplinar. Nasredes centralizadas os nodos ligam-se a um único ponto; nas redes descentralizadas os nodos estão ligadas a vários pontos. Nestas redes os nodos podem funcionar como panópticos a serviço da vigilancia e do controle dos fluxos de informação e interferir no padrão de interação entre as pessoas. Atualmente, tem se disseminado redes com topologias mais compartilhadas que permite interações maislivres pois liga-se ponto a ponto sem um centro. O diagrama de Paul Baran(1964) já antevia esse tipo de rede como pode se observar abaixo:
Fonte: Paul Baran(1964)
As redes sociais compartilhadas estão se tornando um padrão. Elaspermitem interações menos centralizadas. Essatopologia é diferente das redes centralizadas que tendem ao controle e a hierarquia. Essa disposição compartilhada pode favorecer a autonomia dos usuários e quicá , a educação e seus processos, bem como outras formas de interação nos ambientes virtuais.
Existe uma crença tecnológica de que redes são um nova maneira de organização possibilitada pelas novas tecnologias de informação e de comunicação (TICs). Esse enfoque tende a ver a tecnologia como fator determinante na ação dos homens em sociedade. Mas é a própria sociedade que dá o tom dos comportamentos e não as tecnologias.O fato é que as redes sociais não surgiram com as novas tecnologias de informação e de comunicação, elas podem ser intensificadas por estas tecnologias mas não são determinadas por elas.
REDES RIZOMÁTICAS E POSSIBILIDADES INTERATIVAS DE USO
Gilles Deleuze (1922 -1995) e Felix Guattaripropõem um modelo de conhecimento baseado no rizoma que difere da concepção de árvorecom seu tronco central, ou caule, de onde brotam os galhos e por meio do qual se estrutura a informação: “(...) Ele não é feito de unidades, mas de dimensões, ou antes de direções movediças. Ele não tem começo nem fim, mas sempre um meio pelo qual ele cresce e transborda”.
As redes rizomáticas podem possibilitar relações transversais e sem hierarquias nas redes digitais, favorecendo um tipo de acesso ao conhecimento compartilhado e interações plurais, elas podem ainda possibilitar a criação de ambientes educacionais onde prevaleçamestratégias colaborativasde educação e outras formas de ação social. Essas ramificações digitais podem ir além do espaço privado até o terreno da esfera pública. Habermas compreende a esfera pública como:
Por esfera pública entendemos sobretudo um terreno de nossa vida social onde algo semelhante a uma opinião pública pode ser formado. O acesso é garantido a todos os cidadãos e partes dessa esfera se criam em cada conversa onde indivíduos privados se reúnem para formar um corpo público. (HABERMAS, 1989, p.136)
Habermas pensa a opinião pública dentro de um contexto de argumento racional. Ele pressupõe que os indivíduos da esfera pública estão aptos a pensar racionalmente e através da intersubjetividade estabelecerem relações de modo a possibilitar a troca pontos de vistacríticos e autônomos. Mas sabemos que há uma tendência a monadização do individuo em detrimento da esfera pública impossibilitando a que se chegue a uma opinião compartilhada e a opinião pública, a consequência disto é a redução das possibilidades de se criar relações no estilo Gemeinschaft, se as reconhecermos como originárias dos discursos que trocam os membros autoconscientes de uma comunidade.
Fonte: Paul Baran(1964)
As redes sociais compartilhadas estão se tornando um padrão. Elaspermitem interações menos centralizadas. Essatopologia é diferente das redes centralizadas que tendem ao controle e a hierarquia. Essa disposição compartilhada pode favorecer a autonomia dos usuários e quicá , a educação e seus processos, bem como outras formas de interação nos ambientes virtuais.
Existe uma crença tecnológica de que redes são um nova maneira de organização possibilitada pelas novas tecnologias de informação e de comunicação (TICs). Esse enfoque tende a ver a tecnologia como fator determinante na ação dos homens em sociedade. Mas é a própria sociedade que dá o tom dos comportamentos e não as tecnologias.O fato é que as redes sociais não surgiram com as novas tecnologias de informação e de comunicação, elas podem ser intensificadas por estas tecnologias mas não são determinadas por elas.
REDES RIZOMÁTICAS E POSSIBILIDADES INTERATIVAS DE USO
Gilles Deleuze (1922 -1995) e Felix Guattaripropõem um modelo de conhecimento baseado no rizoma que difere da concepção de árvorecom seu tronco central, ou caule, de onde brotam os galhos e por meio do qual se estrutura a informação: “(...) Ele não é feito de unidades, mas de dimensões, ou antes de direções movediças. Ele não tem começo nem fim, mas sempre um meio pelo qual ele cresce e transborda”.
As redes rizomáticas podem possibilitar relações transversais e sem hierarquias nas redes digitais, favorecendo um tipo de acesso ao conhecimento compartilhado e interações plurais, elas podem ainda possibilitar a criação de ambientes educacionais onde prevaleçamestratégias colaborativasde educação e outras formas de ação social. Essas ramificações digitais podem ir além do espaço privado até o terreno da esfera pública. Habermas compreende a esfera pública como:
Por esfera pública entendemos sobretudo um terreno de nossa vida social onde algo semelhante a uma opinião pública pode ser formado. O acesso é garantido a todos os cidadãos e partes dessa esfera se criam em cada conversa onde indivíduos privados se reúnem para formar um corpo público. (HABERMAS, 1989, p.136)
Habermas pensa a opinião pública dentro de um contexto de argumento racional. Ele pressupõe que os indivíduos da esfera pública estão aptos a pensar racionalmente e através da intersubjetividade estabelecerem relações de modo a possibilitar a troca pontos de vistacríticos e autônomos. Mas sabemos que há uma tendência a monadização do individuo em detrimento da esfera pública impossibilitando a que se chegue a uma opinião compartilhada e a opinião pública, a consequência disto é a redução das possibilidades de se criar relações no estilo Gemeinschaft, se as reconhecermos como originárias dos discursos que trocam os membros autoconscientes de uma comunidade.