HISTÓRIA SOBRE OS TRILHOS AS VELHAS FERROVIAS EM GOIÁS - PARTE III
Passada a dinâmica de ver de perto a antiga Estação Ferroviária de Goiânia é chegado o momento de retomarmos a nossa viagem às velhas ferrovias de Goiás. Viajaremos para algumas cidades interioranas, inclusive a Leopoldo de Bulhões, cidade de clima calmo, quando visitaremos uma estação ferroviária em pleno funcionamento. Além da estação ainda estar ativa, costuma passar alguns cargueiros diariamente. Teremos a oportunidade de vermos um de perto e a olho nu?
A estação da cidade de Leopoldo de Bulhões foi inaugurada em 1931. A partir dali a linha segue pelo chamado hoje ramal de Anápolis, até essa cidade, em 1935. Somente em 1950, a linha passou a sair dali também para Goiânia e passou a ser esta a continuação da linha-tronco. Dali, portanto, como vimos, sai o ramal para Anápolis. Pois bem, chegamos à estação ferroviária de Leopoldo de Bulhões... A estação segue um modelo arquitetônico muito parecido com a estação de Cumari, 17 anos mais velha, o que nos leva a pensar que aquela deve ter sido reformada na mesma época da construção desta. Em 1950 foi construído um volume maior na lateral oeste, por conta da construção do então ramal para Goiânia, que se inicia nesta estação. A estação recebeu o nome do Dr. José Leopoldo de Bulhões Jardim, já que o cidadão muito se empenhou em fazer os trilhos avançarem no Estado de Goiás. Hoje, como estamos vendo, a estação está servindo para a Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), em razoável estado de conservação.
Realmente, podemos ver a olho nu que a Estação Ferroviária de Leopoldo de Bulhões ainda se encontra em atividade. Sofre desgastes pela ação do tempo e já não mais cumpre suas funções de outrora, mas funciona. Ainda consegue ouvi o ronco dos trens de carga e ver passando ou estacionado sobre o seu pátio, locomotivas puxando dezenas de vagões que abastecem, com diversos produtos, vários Estados deste País, onde as estradas de ferro se corroem pelo tempo e pela falta de manutenção. Não se sinta frustrado, leitor viajante, lamentavelmente não conseguiremos pegar uma carona num desses trens sobre os trilhos leopoldenses, porém, aprecie a passagem do fantástico gigante roncador, equipado com muitos vagões, surgindo na curva da estrada de ferro. O momento é agradabilíssimo, experimentemos, pois, um cenário como se adentrássemos numa tela de cinema. Olhe, um cargueiro se aproxima. Fotografe-o.
Apesar de nossa viagem continuar magnífica, fiquemos, pois, um pouco mais por aqui a contemplar os cargueiros que surgem puxando dezenas de vagões pesados, enquanto os atenciosos e prestativos funcionários da Estação Ferroviária de Leopoldo de Bulhões estão dispostos a continuar a nos oferecer uma detalhada aula de informação sobre o funcionamento desse modelo de transporte.