Telegrafia x Radiotelegrafia
Em plena era da internet, a nova geração dificilmente vai entender o significado desses dois meios de comunicação, salvo através da história. A modernidade é sempre relativa a um determinado tempo. Assim como hoje a internet representa um avanço tecnológico nas comunicações, tanto a telegrafia como a radiotelegrafia foram meios modernos de telecomunicações, em suas respectivas épocas. A primeira, através do fio; a segunda, através do rádio. Tanto uma como outra, utilizando-se do alfabeto MORSE, que consiste em pontos e linhas, representando sons curtos e longos.
Quem já visitou o Memorial JK, em Brasília, por certo conheceu o “Manipulador de Telegrafo” que Juscelino utilizou em sua primeira profissão, a de telegrafista. É o mesmo aparelho utilizado na Radiotelegrafia, profissão que também exerci nas décadas de 1960 e 1970, até a sua extinção, com o advento do Telex e do Fax. Isto significa que devemos estar preparados para as mudanças, que ocorrem cada vez mais rapidamente. A modernidade de ontem pode ser obsoleta hoje. Como já dizia o filósofo Heráclito, “a única coisa que é constante é a própria mudança”.
Por certo, tudo aquilo que hoje consideramos moderno, amanhã pode estar ultrapassado.
Por isso, devemos estar atentos para a necessária adaptação ao que vier pela frente.
A minha primeira profissão, a de Radiotelegrafista, na época destaque na Marinha, Aeronáutica, Exército, Jornais e empresas de grande e médio porte, ficou apenas na saudade. Hoje, o melhor do mundo nessa profissão estaria desempregado.
Deixo aqui o meu bordão que costumava dizer para uma pessoa da família, que hoje está cursando seu DOUTORADO em São Paulo: “Estuda menino”!