Dificuldade lidar com o vicio.
Viciados em drogas e seus irmãos não viciados compartilham as mesmas características cerebrais, não encontradas em outras pessoas saudáveis.
Estudo mostrou que o cérebro dos irmãos (dependentes ou não) tem anomalias em uma área do cérebro relacionada ao autocontrole chamada fronto-estriatal, na figura representada pela expressão "inteligência, julgamento e comportamento".
Pesquisadores acreditam que essas anormalidades cerebrais podem ser marcadores de uma vulnerabilidade herdada à dependência de drogas ou abuso de álcool.
O fato dos irmãos dependentes e não dependentes terem basicamente o mesmo ‘prejuízo’ na capacidade de autocontrole precisa ser interpretado com cuidado porque não reflete o padrão clássico de vulnerabilidade que sugere que parentes em primeiro grau tem características intermediárias entre os pacientes (os dependentes de drogas) e as pessoas saudáveis.
Presumivelmente os irmãos (não dependentes) devem ter outros fatores de resiliência que contrapõe a vulnerabilidade familiar à dependência de drogas.
Isto é o que cita a pesquisa da Universidade de Cambridge, no estudo publicado na semana passada no periódico científico
Quem já tentou parar de fumar sabe que se torna mais difícil se abster do vício quando exposto ao cigarro, seja vendo ou sentindo seu cheiro. Mas, de acordo com pesquisa feita por um grupo de pesquisadores da China e dos Estados Unidos, tal exposição ao vício ajuda a frear o hábito porque a memória do vício é corrigida.
Terapeutas sabem de longa data que expor os viciados ao cheiro da droga, por exemplo, sem expô-los aos efeitos delas, pode enfraquecer a associação entre vício e viciado. Mas esse é um reparo de curto prazo, pois os desejos retornam. Mas agora pesquisas mostram que a memória pode ser alterada mais permanentemente, se reparada antes.
“É como abrir um documento no computador, fazer algumas alterações e salvar”, comenta David Epstein, do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, nos Estados Unidos.
Treinamento
Para aferir se essa abordagem poderia ser utilizada como terapia, Epstein e Yan-Xue Xue, da Universidade de Peking, em Beijing, na China, ensinaram pessoas hospitalizadas, que estavam se recuperando do vício em heroína, como reparar suas memórias através de vídeos que mostravam a droga.
Depois, os participantes do experimento receberam heroína falsa e utensílios comumente relacionados à heroína. E foram questionados sobre seus desejos de consumo da droga antes e depois da exposição. Para medições mais corretas, foram monitorados o batimento cardíaco e a pressão sanguínea dos pacientes durante todo o experimento.
Segundo os pesquisadores, os pacientes tiveram seus desejos reduzidos, depois de testes de 1, 30 e 180 dias. Aqueles que não tiveram suas memórias preparadas para o experimento não tiveram melhoras nos desejos.
Da cocaína ao estresse
Os resultados foram similares para ratos viciados em cocaína ou heroína, que também pararam de procurar as drogas depois dos treinamentos. De acordo com Epstein, a descoberta é promissora, mas precisa de mais estudos complementares para que os pesquisadores possam entender como as pessoas responderão ao tratamento quando voltarem às suas casas
Viciados em drogas e seus irmãos não viciados compartilham as mesmas características cerebrais, não encontradas em outras pessoas saudáveis.
Estudo mostrou que o cérebro dos irmãos (dependentes ou não) tem anomalias em uma área do cérebro relacionada ao autocontrole chamada fronto-estriatal, na figura representada pela expressão "inteligência, julgamento e comportamento".
Pesquisadores acreditam que essas anormalidades cerebrais podem ser marcadores de uma vulnerabilidade herdada à dependência de drogas ou abuso de álcool.
O fato dos irmãos dependentes e não dependentes terem basicamente o mesmo ‘prejuízo’ na capacidade de autocontrole precisa ser interpretado com cuidado porque não reflete o padrão clássico de vulnerabilidade que sugere que parentes em primeiro grau tem características intermediárias entre os pacientes (os dependentes de drogas) e as pessoas saudáveis.
Presumivelmente os irmãos (não dependentes) devem ter outros fatores de resiliência que contrapõe a vulnerabilidade familiar à dependência de drogas.
Isto é o que cita a pesquisa da Universidade de Cambridge, no estudo publicado na semana passada no periódico científico
Quem já tentou parar de fumar sabe que se torna mais difícil se abster do vício quando exposto ao cigarro, seja vendo ou sentindo seu cheiro. Mas, de acordo com pesquisa feita por um grupo de pesquisadores da China e dos Estados Unidos, tal exposição ao vício ajuda a frear o hábito porque a memória do vício é corrigida.
Terapeutas sabem de longa data que expor os viciados ao cheiro da droga, por exemplo, sem expô-los aos efeitos delas, pode enfraquecer a associação entre vício e viciado. Mas esse é um reparo de curto prazo, pois os desejos retornam. Mas agora pesquisas mostram que a memória pode ser alterada mais permanentemente, se reparada antes.
“É como abrir um documento no computador, fazer algumas alterações e salvar”, comenta David Epstein, do Instituto Nacional de Abuso de Drogas, nos Estados Unidos.
Treinamento
Para aferir se essa abordagem poderia ser utilizada como terapia, Epstein e Yan-Xue Xue, da Universidade de Peking, em Beijing, na China, ensinaram pessoas hospitalizadas, que estavam se recuperando do vício em heroína, como reparar suas memórias através de vídeos que mostravam a droga.
Depois, os participantes do experimento receberam heroína falsa e utensílios comumente relacionados à heroína. E foram questionados sobre seus desejos de consumo da droga antes e depois da exposição. Para medições mais corretas, foram monitorados o batimento cardíaco e a pressão sanguínea dos pacientes durante todo o experimento.
Segundo os pesquisadores, os pacientes tiveram seus desejos reduzidos, depois de testes de 1, 30 e 180 dias. Aqueles que não tiveram suas memórias preparadas para o experimento não tiveram melhoras nos desejos.
Da cocaína ao estresse
Os resultados foram similares para ratos viciados em cocaína ou heroína, que também pararam de procurar as drogas depois dos treinamentos. De acordo com Epstein, a descoberta é promissora, mas precisa de mais estudos complementares para que os pesquisadores possam entender como as pessoas responderão ao tratamento quando voltarem às suas casas