O virtual pode ser tão real, que pode tornar-se fatal!
Redes Sociais: É normal ver as pessoas expondo sua intimidade, o que faz ou o que deixou de fazer, suas particularidades pessoais? Até onde vale a pena expor-se tanto?
“Palavras são apenas resumos dos nossos sentimentos profundos, sentimentos que para serem explanados precisam mais do que um sujeito, um verbo e um predicado. Precisam de toque, visão, audição. Amor virtual é legal, mas o teclado ainda não dá conta de certas sutilezas.
(Martha Medeiros)
Essa maneira rápida de se comunicar que a internet proporciona, aproxima quem está longe, assim como pode distanciar quem está perto. Ou seja, além de unir pessoas e criar laços também pode servir de palco para confusões, fofocas, intrigas, desfazer namoros e até casamentos. Tudo depende do uso que dela se faz. Já vi muita gente se lamentando por ter imagem comprometida, procurando em vão pelos fofoqueiros e culpados.
Pois bem, mas o que me levou mesmo a escrever sobre esse assunto foi perceber a exagerada exposição virtual de alguns. Entendo que quando se cria um perfil em uma rede social, é inevitável que isso aconteça, mas é imprescindível um limite. O que anda acontecendo que, de repente, certas pessoas acham natural indicar passos de suas vidas e suas localizações, 24h por dia? Parece que o fato de não ficarem olho no olho faz com que ignorem os perigos e acabem publicando informações demais. Não dá pra entender. De que adianta erguer muros altos em volta da casa, cercar-se de alarmes e dispositivos de segurança e deixar livre o acesso à vida pessoal através dos meios virtuais? Sobram informações sobre rotina diária, compras, e por vezes fotos íntimas. Qualquer um pode acessar essas informações. Ninguém anda pelas ruas distribuindo abertamente cartões com seus telefones e endereços a desconhecidos. Por que divulgá-los na internet? Existem histórias de pessoas que sofreram ameaças de sequestro que podem ter vindo de qualquer lugar do mundo. Ou seja, no mundo virtual, como no mundo real, é necessário preservar a própria privacidade. Afinal, o mundo virtual, faz parte do mundo real. Não é um "universo paralelo”.
Gostaria de dar algumas dicas para evitar excesso de exposição:
* Tenha sempre bom senso e cautela ao compartilhar informações em redes sociais. Nunca adicione pessoas desconhecidas.
* Evite ao máximo postar fotos e vídeos de caráter mais íntimo.
* Nunca compartilhe posts que possam identificar seu endereço ou demonstre situações de seu nível socioeconômico.
* Lembre-se de que, além de compartilhar informações com seus amigos diretos, há pessoas nas listas deles que verão seus posts, dependendo das configurações de privacidade que você adotar.
* Antes de postar qualquer material, pense sempre no seu perfil como se ele fosse totalmente aberto a todos. Configurações de segurança podem falhar e acabar expondo dados que você não pretendia disponibilizar.
* Fique atento: informações nas redes sociais são, em alguns casos, indexadas a ferramentas de busca online e facilmente rastreadas por terceiros.
* Sempre revise suas configurações de privacidade.
Obs.: Se você está passando por algum problema em seu relacionamento, casamento ou namoro, você acha que dando indiretas, expondo-se aqui irá resolver alguma coisa? No mínimo ser ridicularizada!
Não estou aqui para “apontar o dedo” e condenar ou amedrontar este ou aquele. É claro que se pode compartilhar fotos e informações pessoais com familiares e amigos mais próximos. Com os demais, são aconselháveis apenas fatos corriqueiros, histórias não comprometedoras, brincadeiras inofensivas, dados e interesses profissionais, culturais e sobre formação em geral... Enfim, não se exponha desnecessariamente, publique apenas fatos e fotos que não levem as pessoas a uma ideia distorcida a seu respeito. Afinal, você colocaria a "mão no fogo" por todos os seus contatos/seguidores? Lembre-se: discrição é a regra n.1 para quem deseja apenas desfrutar dos benefícios das redes sociais. Rede Social não é nenhum “bicho-papão”, mas exige precaução. Ou como diz um antigo provérbio: “Desconfiança e cautela são os pais da segurança”.
“Felicidade! É inútil buscá-la em qualquer outro lugar que não seja no calor das relações humanas...”