Salto para hiperespaço em 'Guerra nas Estrelas' seria menos espetacular na vida real
O efeito espetacular usado para registrar o pulo no hiperespaço das espaçonaves da saga "Guerra nas Estrelas" não aconteceria na vida real, segundo um curioso mestrado de física da Universidade de Leicester, no Reino Unido. O jedi Luke Skywalker, a princesa Leia e o mercenário Han Solo não veriam qualquer estrela se aproximando deles enquanto a nave Falcão Milenar acelerasse para mergulhar no espaço profundo por causa do efeito Doppler (fenômeno em que o comprimento de onda da radiação eletromagnética encolhe ou se alonga conforme a fonte se aproxima ou se afasta do observador)
Você se lembra daquele efeito espetacular dos filmes de Guerra nas Estrelas, quando o Falcão Milenar, a nave de Han Sono, ingressava no hiperespaço e um caleidoscópio estelar faiscava em volta dele? Más notícias para os fãs da série: na vida real isto não aconteceria, estimaram estudantes britânicos.
Os heróis Han Solo, Luke Skywalker e a princesa Lea não veriam qualquer estrela se aproximando enquanto a nave acelerasse para mergulhar no espaço profundo por causa do efeito Doppler, informaram estudantes da Universidade de Leicester, no Reino Unido.
Este é o fenômeno segundo o qual o comprimento de onda da radiação eletromagnética encolhe ou se alonga conforme a fonte se aproxima ou se afasta do observador. O exemplo clássico do efeito Doppler é a sirene de um carro de bombeiros ou de uma ambulância, cuja frequência muda segundo o observador, à medida que o veículo avança pela rua.
Como o Falcão Milenar estaria acelerando em direção às estrelas, o comprimento de onda da luz estelar encolheria, o que significa que se afastaria da parte visível do espectro de energia e para dentro do alcance do raio X, avaliaram os estudantes.
Por outro lado, a radiação cósmica de fundo em microondas, vestígio do Big Bang, uma das teoria que explica a origem ao universo, se alongaria no comprimento de onda e subitamente se tornaria visível.
Para aqueles a bordo do Falcão Milenar, esta energia teria a aparência de um disco central de luz brilhante.
"Se o Falcão Milenar existisse e realmente pudesse viajar tão rápido, certamente seria aconselhável usar óculos escuros", disse Riley Connors, 21, que trabalhou com três outros alunos do último ano do mestrado em física em um projeto curioso voltado a estimular o pensamento pragmático.