Rural realiza I Simpósio de Divulgação Científica
O evento reuniu jornalistas e pesquisadores para discutir popularização da ciência
Bernardo Augusto
O primeiro Simpósio de Divulgação Cientifica da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) aconteceu nos dias 30 e 31 de janeiro, no campus de Seropédica. Na ocasião, foram apresentados oito estudos sobre o tema, desenvolvidos em áreas como comunicação, literatura, biologia, geografia e saúde.
No primeiro dia, Gustavo Smiderle, doutor em sociologia e jornalista da assessoria da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), apresentou as estratégias de divulgação cientifica da Universidade, com trabalhos publicados em jornais, livros, revistas e eventos regulares com o intuito de descomplicar a ciência para a sociedade. Outra experiência em divulgação foi mostrada por Gabriel Machado, doutorando em Educação e Difusão de Ciência da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A partir de uma pesquisa com jovens, mostrou o que a população sabe sobre o câncer, como identificar alguns tipos de câncer e formas de se proteger do câncer de pele. A enquete revelou que a população jovem pouco sabe sobre esse assunto. Para tentar comunicar de maneira eficiente sobre o tema para esse público, o grupo de pesquisa do qual Gabriel participa produziu três vídeos educativos, exibidos no evento.
Foi abordado também o assunto meio ambiente pelo professor do curso de Geografia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Francisco de Francisco. Falou-se sobre a relação entre o desenvolvimento econômico e o meio ambiente, como recursos não renováveis que estão acabando, enquanto os renováveis não têm tempo hábil para se renovar. O professor fez uma analise da relação entre meio ambiente e os meios de comunicação e destacou como a mídia pode ajudar na preservação da natureza, através de denuncias, reportagens etc.
A última apresentação do dia discorreu sobre a revista Superinteressante e suas mudanças durante 25 anos. A professora do curso de jornalismo da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Alessandra de Carvalho, através de uma pesquisa feita sobre o conteúdo da revista nesses anos, mostrou que a tiragem se mantém ao longo do tempo, mesmo com as mudanças no mercado. Uma das revisões na revista citada pela professora foi a extinção de colunas assinadas por cientistas. Ela falou que nesses 25 anos, a revista sofreu modificações editorais, deixando de ser uma publicação de divulgação científica para assumir um perfil mais de “variedades”, incluindo matérias de ciência e tecnologia.
O mediador da mesa, Experiências e Reflexões sobre a Popularização da Ciência, foi Mario Newman, professor do curso de letras da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Quinta, dia 31 de janeiro, mais quatro professores apresentaram seus trabalhos na mesa Práticas e Interfaces da Comunicação e Divulgação Cientifica. A organização do evento foi dividida entre o PET – Dimensões da linguagem cientifica e o Laboratório de comunicação, ciência e cultura.
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