DETETIVES DA ANTIMATÉRIA

Lauro Winck

Baseado em matéria publicada no site do CERN, ( Organização européia para a pesquisa nuclear)

A antimatéria está em falta no universo, mas não para o CERN. A partir do próprio universo. Pelo menos é o que podemos deduzir, tão longe estamos de um exame mais cuidadoso de sua evidência. Matéria e antimatéria tem a mesma massa, mas carga elétrica oposta. Para cada partícula de matéria básica existe uma partícula, por exemplo a carga negativa dos elétrons tem uma antipartícula carregada positivamente, chamada Pósitron. Quando uma partícula e sua antipartícula se reúnem ambos desaparecem em um piscar de olhos, pois o processo de aniquilação transforma suas massas em energia.

As evidencias falam por si mesmo.

O primeiro a especular sobre a antimatéria foi o físico Paul Dirac. Ele desenvolveu uma teoria que combinava mecânica quântica com a teoria da relatividade de Eisntein para fornecer uma descrição mais completa das interações elétricas ao nível de partículas. A equação básica derivada apontou para duas soluções. Uma para o Elétron e outra o que parecia descrever algo com uma carga positiva, (Pósitron). Então em 1932 a prova foi encontrada revelando que essas idéias eram corretas, quando o Prósiton foi descoberto como uma ocorrência normal em raios cósmicos. Durante os últimos 50 anos ou mais O CERN tem rotineiramente produzido antipartículas. Em 1995 tornou-se o primeiro a criar anti-átomos artificialmente. Mas ninguém jamais conseguiu criar antimatéria sem obter as partículas de matéria correspondentes também. O cenário deve ter sido o mesmo durante o nascimento do universo, quando quantidades iguais de matéria e antimatéria surgiram durante o Big Bang.

Então se a matéria e antimatéria aniquilam-se mutuamente e nós mais tudo que existe somos feitos de matéria, porque continuamos existindo? Este mistério existe porque vivemos em um universo feito exclusivamente de matéria. Então porque matéria e antimatéria não se aniquilaram no momento do Big Bang? Talvez porque a antimatéria ainda exista em um outro lugar. Caso contrário, o que aconteceu com ela? Onde foi parar?

Tais questões levaram a teorias especulativas a partir de uma ruptura nas regras para a existência de todo um anti-universo em algum outro lugar. A maneira de resolver o desaparecimento desconcertante da antimatéria e saber mais sobre essa substância, está em estudar partículas e antipartículas e ser capaz de decifrar pistas sutis que surjam a cada passo.

O mistério exige equipes de Cherlock Holmes científicos para executar uma investigação profunda e minuciosa para descobrir uma lógica que é em última analise, elementar.

Naturalmente surgem especulações sobre o que faremos se conseguirmos dominar o uso da antimatéria. Naturalmente surgem as primeiras especulações sempre em torno dos nossos velhos conhecidos. O poder econômico e o militar. Na série Jornada nas estrelas o combustível das naves era de antimatéria e bombas descritas como matéria vermelha também. Claro que uma única gota de antimatéria tendo um poder destrutivo de 20 megatons, a potência da bomba de Hiroshima, faz a cabeça de qualquer macaco militar conquistador.

Mas muito antes disso há que lidar com muito cuidado com algo tão poderoso e que por alguma razão lógica está ainda fora do nosso alcance. Felizmente, a possibilidade de chegarmos até aí, ainda é algo bastante distante estamos ainda nem engatinhando.

Lauro Winck
Enviado por Lauro Winck em 30/11/2012
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