COXAS GROSSAS, OU FINAS?
COXAS GROSSAS E GRANDES SIGNIFICAM LONGA VIDA ?
Desde quando iniciei minha peregrinação pela internet, me meti na difícil arte de ler e escrever, e fiquei, admito, entre duas situações no mínimo incomodas. A primeira e essencial quando descobri que poderia enriquecer meus conhecimentos e assim mergulhei de corpo e alma passando a devorar tudo que via pela frente.
Depois, achei que poderia colocar em prática, meu velho sonho, muito antes de surgir o computador e a internet: Escrever, e assim, como disseram alguns amigos e (posteriormente) inimigos meus, “dar a cara à tapa” como articulista, blogueiro e comentarista.
Mesmo exercitando as três ações com muita freqüência, lendo (e obviamente, automaticamente pesquisando) e aprimorando e deixando aflorar a veia de alguém que pensa que tem experiência de vida e algum talento para transpor tudo em forma de texto, fui vitima de duas coisas extremamente opostas e que me impressionaram, a saber::
Críticas contundentes e recomendações contínuas em forma de clichês (que afinal, tiveram e tem utilidade) e o que mais atordoa o cronista amador, é a percepção da visita freqüente por um numero determinado de amigos e leitores diversos, (pelo menos isso) e a enorme frustração de vê-los deliberadamente fugirem ou se acovardarem da manifestação.
Óbvio que a mordaça pode ser preventivamente uma brincadeira de esconde-esconde e que com o tempo vai se consolidando e pode ser também por absoluta falta de tempo ou de inspiração ou até mesmo de competência para usar o teclado.
Pode ser também o medo natural que as pessoas têm de mostrar a um grupo as suas idéias e pensamentos. E assim, como prova de que a maioria se comporta dessa forma, recebo em minha caixa postal centenas de e-mails onde os amigos da gente fazem uma espécie de terceirização de idéias convergentes.
Aí, nesse caso, não funciona a mordaça, mas funciona uma triagem interessante: Aquele que recebe essas mensagens por atacado e enviada por dezenas, centenas de amigos, inicia a leitura e o primeiro critério é o título do “assunto”. Funciona portanto, como uma corrente, se você gostou, você repassa, ao contrário, a lixeira é o caminho apropriado.
Nesse meu artigo de hoje, resolvi me portar igual a muitos amigos meus e atendendo até mesmo ao pedido insolente de alguns leitores “inimigos” resolvi percorrer as páginas sensacionalistas da internet e me deparei com essa notícia de que “coxa grossa pode indicar risco menor de doenças cardíacas.”.
Antes que eu me esqueça, vou citar a fonte: Jonas Tucci/Revista Playboy-17.07.09, reproduzida no endereço BBC Brasil.com.
E assim, foi de muita utilidade pra mim, pessoalmente, saber que estou entre os beneficiados já que desde os tempos da minha juventude e como exibicionista confesso que sou, sempre preferi jogar no gol, para que eu pudesse ouvir com freqüência os murmúrios das garotas admirando minhas coxas.
O beneficio que eu tive pessoalmente por muito tempo, foi ter meu ego massageado a cada momento que eu me exibia. Depois surgiram dois entraves, com a idade fui ficando barrigudo e veio a moda da bermuda longas pernas, esconde coxas. E como entendo desse negócio de moda, e sei que os estilistas estão sempre em busca de algo que agrade ao consumidor, cheguei à óbvia conclusão, sem necessidade de pesquisas, que a maioria das bermudas que se fabrica hoje têm pernas longas para esconder as coxas finas dos complexados.
Vou logo adiantando, silicone não vale e para consolo daqueles que se sentirem atingidos, existe exercícios físicos para engrossar as coxas. E coincidindo com a leitura dessa pesquisa interessantíssima, nesse mesmo dia, assisti o programa do JÔ e tive a grata surpresa de assistir uma gravação de uma entrevista do irreverente Juca Chaves e lá estava ele, solenemente de bermuda curta e sandálias franciscanas, mostrando horríveis pernas finas e com muita saúde.
E você leitor, tem coxas grandes e grossas ou é daquele tipo avestruz envergonhado que precisa de uma bermuda para esconder seu complexo? Moral da história: Tudo aquilo que você busca na internet, a tal “pesquisa” recomendada tão insistentemente por alguns fantasmas que habitavam a web, servem apenas quando massageiam o nosso ego e satisfazem as nossas vaidades, do contrário não são registradas, não são relevantes e sequer mencionadas.
Se você tem uma ferida um “auto flagelo” não vai digitar no site da Google, a palavra chave e se perdeu o emprego, vai custar a admitir que tem que “pesquisar” por ai novas vagas entre as 180 mil mentiras jogadas na sua caixa postal. E como sempre essas pesquisas quase sempre meio terroristas, sempre chegam de países Europeus, mais especialmente os Ingleses que parecem não terem mais nada que fazer na vida.
E assim, é a tal felicidade. A gente fica feliz por muito pouco