O TUMULO POLÊMICO

O documentário do Discovery sobre a descoberta do que seria o túmulo da família de Jesus, causou bastante polêmica embora as probabilidades apontem para uma chance de quase 100% de que seja verdadeiro. O documentário não afirma isso deixando a dúvida estratégica. A coincidência de um outro Jesus filho de José e Maria e todos os elementos da família coincidindo seria quase impossível. Segundo o documentário, Jesus teria sido sepultado em uma tumba e deixado ali para se decompor. Dois dias depois, Maria Madalena teria encontrado a tumba vazia. Mas o evangelho de Mateus, conta uma história diferente. Embora tenha sido considerada uma mentira. Havia rumores de que alguns de seus discípulos haviam levado o corpo em sigilo com a intenção de dar-lhe uma nova sepultura permanente. Se isso fosse verdade o corpo de Jesus teria sido levado para uma tumba da família escavada na rocha. Como havia sido morto por insurreição isto teria sido feito em segredo. Cerca de um ano mais tarde seus discípulos e sua família teriam voltado para a cerimônia final de sepultamento. Maria, mãe de Jesus e Madalena também teriam estado presentes. Bem como seus irmãos José, Simon, Judas e Tiago. Depois seus ossos foram colocados em uma urna de calcário chamada ossário. O nome de Jesus foi escrito na lateral. Depois a urna foi colocada na câmara interna e lacrado para sempre na tumba da família e esquecido até agora. Em Israel na cidade de Jerusalém em 1980 durante escavações para construção de prédios, dois garotos encontraram a tumba. No portal de entrada um símbolo representado por um triângulo em forma de um V de cabeça para baixo, com um pequeno círculo central. Na primavera de 1980 em Talpiot ao sul de Jerusalém, as explosões numa obra revelaram uma tumba de 2000 anos. Então alguém saiu a procura de arqueólogos. Mas nenhum deles estava disponível , então chamaram a polícia. Os operários foram embora porque se aproximava o Sabat. Então sob a pressão dos empreiteiros uma equipe de arqueólogos foi chamada para escavar. Eles teriam 3 dias antes que a tumba fosse lacrada. Embora não se saiba o significado do estranho símbolo, era algo incomum para sepulturas da época. Então foram encontradas 10 cavidades abertas na rocha com as urnas, (ossários). Os ossários foram transferidos para o museu Rockfeller em Jerusalém. Sob a direção do Departamento de antiguidades de Israel. Eles deveriam ser catalogados e após, devolvidos à sepultura. As inscrições nas laterais serviriam para identificação futura pelos familiares. Surpreendentemente uma delas trazia a inscrição “ Jesus filho de José”. Logo seguiram-se outros achados com inscrições que não deixam dúvidas. Jesus, José Maria, Maria Madalena, Mateus. Onde se encaixa Mateus? Pouca gente sabe que Jesus tinha irmãos. Isto explica estranhos nomes presentes na tumba onde só deveriam estar familiares. Estes eram nomes comuns no século 1. Se você buscasse por Jesus, apareceriam centenas, igualmente aconteceria com José. Mas, buscar por Jesus filho de José, derrubaria centenas de resultados. Bem! Minha intenção não é descrever o documentário que encontra-se disponível para download em dezenas de sites. Basta digitar” download o tumulo secreto de Jesus”. Mas o que intrigava era a presença de Maria Madalena na mesma tumba, local onde somente membros da família deveriam estar. Os pesquisadores recolheram fragmentos dos ossos para analisar o DNA. Provaram que não havia semelhança entre os DNA de Jesus e Madalena. Desta forma ela só poderia estar ali, como membro da família, neste caso, como esposa de Jesus. Lembrando as palavras de Cristo na cruz – Mulher, eis aí o teu filho. Estas palavras foram atribuídas a Maria, mas podem ter sido dirigidas a Madalena. Na verdade Madalena sempre esteve muito próxima a Jesus o seguindo muito de perto. Hoje os estudiosos acreditam que as mulheres citadas nos evangelhos de Jucas e João, não eram Maria Madalena. Associar o nome de Madalena à estas supostas pecadoras, foi uma manobra posterior da igreja. Na cerimônia da crucificação ela aparece sempre por perto aflita como estaria uma esposa. Assim conclui-se que provavelmente eram casados, como sugere os exames de DNA da tumba de Talpioc. Segundo cálculos feitos pelos historiadores a chance de que a tumba não seja da família de Jesus é de 1para 600. Faltava estabelecer ainda alguns dados para se ter certeza. Por mais de 25 anos a sepultura ficou novamente escondida sob um parque residencial. Estudando o DNA dos fragmentos encontrados, os cientistas conseguiram estabelecer a relação entre os ossários encontrados na tumba. Agora faltava um elemento final e era necessário voltar a tumba que estava embaixo de um parque residencial. Depois de muita investigação um dos proprietários de imóveis lembrava-se da localização entre dois prédios. Os visinhos começaram a se interessar e uma mulher apontou uma discreta laje sobre um pequeno terraço. – É aqui! Durante as apressadas escavações de 1980 os arqueólogos removeram um último ossário contendo uma inscrição. O ossário pertencia a uma criança. No museu Rockfeller a inscrição foi traduzida. “ Yehuda bar Yeshua” Tradução:” Judas filho de Jesus” O novo testamento não fala sobre um filho de Jesus. Será que esta urna guardou os restos do filho de Jesus e Maria Madalena? Se Judas era filho deles sua existência foi mantida em segredo, uma vez que Jesus era visto como pretendente ao trono real. O filho dele seria um alvo para as autoridades romanas. Talvez o amado discípulo citado no livro de João tenha sido o filho de Jesus. Ates que pudessem submeter os ossos ao exame de DNA. O departamento de Antiguidades de Israel ordenou que abandonassem a tumba que foi lacrada novamente. Para os cientistas envolvidos no caso, não resta dúvida e a confirmação dos DNA comparados dariam 100% de certeza de que o túmulo era da família de Jesus e que ele era pai de Judas e Maria Madalena, a mãe. Entre os inúmeros pecados da igreja, alterando fatos bíblicos e selecionando os evangelhos segundo seu interesse, muito da história verdadeira se perdeu. Somente a ciência com toda a evolução dos últimos anos poderá restaurar a verdade. Não tenho como afirmar a veracidade de tais provas e nem sei até que ponto o documentário é verdadeiro, mas dá o que pensar.

Lauro Winck
Enviado por Lauro Winck em 03/03/2011
Código do texto: T2826725
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