A Verdade Em Sua Descoberta

A VERDADE EM SUA DESCOBERTA

Interpretação do pensamento de

Marilena Chauí em seu livro

Convite à Filosofia

Não podemos tratar das idéias como uma formação de conceitos a que devamos aprender. É preciso querer verdade, e descobrir em seus encontros das partes de variação ou não, o verdadeiro que lhe finaliza como autentica ao em vez de falseada. Querer verdade para a construção do conhecimento pela definição do que é verdadeiro e falso é o desejo de todo filosofo em sua instrumentalidade a filosofia. Quando buscamos verdade, não podemos admitir a ignorância como resposta definitiva ao que queremos para o saber, pois caso for, será o mesmo que concordar com o não saber o que, do que e para o que, da coisa que é. Quando aceitamos a ignorância como final de nossa busca por verdade, admitimos não existir verdade conhecida ou entendida sobre o observável, com impedimento à possibilidade de ser o que é como identificado e definido sobre a coisa, tornando-nos ignorante de que não sabemos que de fato não sabemos tudo que haveremos de saber. O saber verdade confere as coisas um sentido dentro da realidade, ditando a ignorância o que é falso e o que é verdadeiro das coisas em sua existência, do que foi, do que é e do que em seu provável será. Acredita-se que o querer verdade não é resultado do incomodo ao que se descobre como tal, mas a necessidade de saber mais sobre ele, o objeto, como ser, e em suas partes como variantes, dando explicações lógicas diante da interpretação que se tem dele, para então, aplicar o seu significado à realidade. A duvida sobre a verdade obtida não é o desgosto pelo que se sabe, mas a necessidade de entender qual o verdadeiro do que se descobre e define como verdade, tanto que, Descartes declarou que toda verdade obtida deve se submeter à medida de averiguação da dúvida, e afirma que o pensamento é a única verdade indubitável dizendo: “Penso, logo existo”. Com isso, ele diz que o pensamento é a única coisa real a que se deva acreditar ser, e o que será deve ser a partir do que se pensa com consciência e razão, já que mesmo duvidando de que penso eu preciso pensar que duvido que penso, então continuarei pensando em busca de entendimento ao que penso sobre a coisa em minha consciência do que foi construído como conhecimento pelo que se observa e averigua do tal objeto da realidade. É preciso ter cuidado para que as verdades descobertas, avaliadas e justificadas não se tornem dogmas a nossa mente, como definição das coisas a que não se deva contrariar. Sócrates tinha desconfiança das opiniões e crenças em suas definições, não por ser contrario as suas verdades, mas por querer mais verdades e os seu verdadeiro, pois na definição da verdade como sendo indubitável, existe a possibilidade do erro de dogmatizarmos o conceito com sendo do que não sendo o que de fato significa à realidade. Questionar sobre o que definimos da busca do verdadeiro em suas partes, não impede o seu significado do que é em si como tal, em espécie, forma e conceito. Mas dizer do que, como verdade indubitável do que sabemos do que falta saber do que ainda não descobrimos, é fazer do que dizemos ser, a medida do que ainda não descobrimos em sua totalidade como ser. Não podemos tornar nossas verdades sobre a coisa como infalíveis, enquanto não soubermos de sua verdade total e inequívoca, em suas partes e variações como qualidades verdadeiras do ser completo e de seu significado justificado à realidade que se revela.

Dizer sobre verdade é tão relativo quanto saber o que de fato representa o verdadeiro da verdade, mas saber do que não é verdade é tão necessário quanto entender que as aparências não retratam o que é da realidade revelada. Se não houver evidencias sobre o que descobrimos não haverá entendimento de que o fato é verdade em sua demonstração como definição ao que representa na realidade revelada. Verdade não é tão simples de dizer quanto uma opinião que se tem, pois como conhecimento das coisas que significam o que são, será universal e necessária de poder a permanência do que se define com tal. Como diz a filosofia antiga, verdade é saber sobre a coisa em sua propriedade estrutural, em sua relação com o outro como objeto da realidade e em sua qualidade como essência necessária. Sem verdade somos meros expectadores num mundo sem a certeza das coisas como são em seu ser.

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