DEZ MITOS SOBRE O CRIACIONISMO (1)
Sempre respeitei a todos, tanto os que acreditam quanto os que não crêem na existência de Deus, porém quando converso com pessoas que não acreditam percebi que muito delas se apoiam em "mitos".
Há cerca de dois mil anos o médico e historiador Lucas, ressaltou uma característica peculiar e muito nobre de um grupo de cidadãos de uma pequena cidade chamada Beréia, que se encontrava ao norte do Monte Olimpo, na Grécia: "Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo" (ATOS 17:11)
Esse estilo de vida - examinar para ver se as coisas são de fato assim - revela uma nobreza de caráter.
Vivemos em tempos onde o questionamento não é mais regra, mas exceção. Aceitar propostas que favoreçam a cosmovisão proposta e nos mantenha "politicamente correto", parece ser a única atitude "aceitável". Questionar o status quo seria "inapropriado".
"Triste época, é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito" Albert Einstein.
Por isso decidi fazer uma sequência com 10 textos onde eu mostro a verdade sobre esses mitos e também mais pra frente farei três textos que responderam as seguintes perguntas:
1. De onde veio e para onde foi a água do dilúvio?
2. O que exatamente me prova que Jesus veio a terra e seus milagres?
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CRIACIONISMO É RELIGIÃO
Propostas cientificas geralmente possuem implicações que muitas vezes vão além das áreas relacionadas com a própria Ciência. Por exemplo, a chamada evolução social, baseada nas idéias da evolução das espécies exposta por Darwin, tornou-se quase um dogma da sociologia moderna. A teoria da relatividade de Einstein, a qual trata de objetos que se deslocam a velocidades muito próximas a da luz (300.00 km/s) produziu o relativismo que permeou o Século XX nas áreas de Filosofia e Sociologia. Afirmações como "tudo é relativo" e "absolutos não existem" tornaram-se frases principais de muitos movimentos. É importante salientar que no caso do relativismo, Einstein nunca disse que absolutos não existem, mas que certas coisas são relativas em função de um absoluto (No caso da teoria da relatividade, o absoluto é a velocidade da luz).
Sabemos que as propostas científicas possuem implicações não científicas.
A dificuldade é que muitas pessoas não sabem fazer distinção correta entre uma proposta científica e sua ou suas implicações não científicas.
Essas são as pessoas que afirmam que a Teoria da Criação é apenas religião.
É verdade que o Criacionismo possui implicações religiosas mas ele não depende de, nem trabalha com pressuposições religiosas.
Deixe-me colocar de uma outra maneira.
Na Ciência existem hipóteses e teorias.
Uma hipotese científica é uma explicação oferecida sem que haja um experimento para comprova-la. Uma hipótese é tecnicamente uma sugestão. Por exemplo. A suposta evolução dos invertebrados em vertebrados é uma hipótese. Ela não pode ser testada. Ela depende 100% da interpretação (Questionável) do registro fóssil.
Teorias científicas, por outro lado, são explicações testáveis. Por exemplo a teoria da relatividade geral. Podemos acelerar pequenas partículas (Como prótons no Large Hadron Collider) com velocidade próximas a da luz e ver o que acontece.
Uma teoria que foi testada muitas vezes e de muitas formas diferentes e sempre produziu o mesmo resultado proposto, alcança a posição de lei científica. Por exemplo, a teoria da gravidade proposta por Isaac Newton, é hoje considerada Lei da Gravidade.
É importante compreender que uma proposta só pode ser científica se ela for testável, pois Ciência trabalha com propostas testáveis.
Sendo assim, para que o Criacionismo seja científico as suas propostas devem portanto, ser testáveis. Dizer que Deus criou o mundo não é algo testável. Embora isso não signifique que o mundo não tenha sido criado por Deus. Isso apenas não é testável.
No entanto o criacionismo não propõe que o mundo foi criado por Deus, mas sim que o mundo foi criado. Existe uma grande diferença entre as essas duas propostas.
Deixe-me usar como exemplo um relógio. Ao esturdarmos a complexidade de um relógio, certamente chegaremos a conclusão de que ele não teria vindo a existência por meio de uma sucessão de eventos naturais e aleatórios, resultantes de processos naturais. Ao estudarmos a complexidade dos mecanismos e da própria estrutura do relógio, os possíveis processos que teriam produzido cada parte do relógio e como todas esas partes teriam sido colocadas todas juntas, concluiremos que o relógio não surgiu "espontaneamente". Ele foi criado. Essa conclusão pode ser testada exaustivamente.
Você percebeu que não é necessário saber "quem fez" o relógio para saber se o relógio "foi criado". Você não precisa descobrir e nem conhecer o relojoeiro para chegar a conclusão que o relógio foi criado.
Mas se o relógio existe e foi criado, deve existir também um relojoeiro. Essa é a implicação.
Da mesma forma o criacionismo não procura descobrir quem criou. Apenas se foi criado ou não.
O criacionismo propõe que processos aleatórios e naturais não trouxeram a existência o universo e a vida. Note que o criacionismo aceita e estuda a atuação dos chamados processos naturais observados em todos os sistemas, seja no universo ou na vida.
Processos naturais são estudados por serem observáveis. E a medida que conhecemos melhor tais processos, maior é a nossa confiança em afirmar o que eles podem e o que eles não podem fazer.
O que o criacionismo propõe é que tais processos não teriam trazido à existência a complexidade observada no universo e na vida. O Criacionismo não diz que tais processos não atuam no universo e na vida. Sua proposta básica é que tais processos não foram a causa da existência , mas são a causa do funcionamento.
É importante notar que o Criacionismo não diz que foi Deus quem trouxe a existência tanto o universo quanto a ida, mas sim que o universo e a vida não teriam vinda a existência por meio de processoas naturais aleatórios.
Essa proposta pode ser testada empiricamente, aplicando o conhecimento que temos sobre o que as leis e os processos da natureza produzem e o que eles não tem condição de produzir.
Assim sendo, não existem razões para considerar o Criacionismo como religião ou religioso.
CRIACIONISMO NÃO É RELIGIÃO