Vício ou Evolução?

Por: Larissa Caruso

Nota: Esse artigo pode ser encontrado com links informativos no blog FC vs Realidade http://realidadefc.wordpress.com/2010/07/07/vicio-ou-evolucao/

Você é um dos milhões que usam a internet todos os dias? Qual sua reação quando ela não funciona ou está lenta? Fica irritado, ansioso talvez?

Segundo o site News24, o doutor David Lewis fez um estudo onde determinou que quase metade dos Britânicos sofrem desse mal que ele chama de discomgoogolation – uma mistura de Google com a palavra discombobulate, que significa confundir ou frustrar. A Superinteressante publicou um artigo chamado “Ficar sem net é o mesmo que ser roubado” relacionado à publicação da News24. Nesta matéria, a jornalista conclui que esse tipo de comportamento identifica um individuo viciado.

Em ambos os artigos, existem comparações como: ficar sem internet tem o mesmo efeito no cérebro do que estar uma hora atrasado para uma reunião importantíssima, internet é mais importante do que religião na vida de 47% das pessoas entrevistadas, ou até mesmo que um em cinco dentre esses indivíduos prestam mais atenção à internet do que ao seu parceiro(a).

Ao mesmo tempo, o artigo da Folha Online “Internet fortalecerá relações, dizem pensadores da rede” afirma que dentro de dez anos, a internet deve ser uma força positiva nas amizades, casamentos e outros relacionamentos do círculo social.

No campo da ficção científica, diversos livros e filmes abordam o tema de uma sociedade completamente dependente e/ou conectada à rede. Um exemplo que será lançado em breve é o livro Cyber Brasiliana do autor Richard Diegues, que será publicado pela Tarja Editorial (leia o um trecho aqui). Em sua maioridade, essa mudança é tratada como um passo evolutivo e não um vício. Alguns mostram as más consequências que tal avanço pode causar. Outros exploram os benefícios e a melhora em setores políticos, sociais e econômicos.

A questão, entretanto, não é o que acontecerá quando nos integrarmos com a rede, mas sim, quando isto se tornará realidade. Já caminhamos nessa direção. Não conseguimos ficar sem internet ou telefone celular. Até mesmo nossas TVs estão conectadas hoje em dia.

O mundo em que vivemos está com os dias contados, e não é porque nos aproximamos de 2012. Logo, o mundo virtual será aquele que daremos maior importância e se tornará a única realidade de nossas vidas.