Os 200 anos de Darwin, os 150 da Origem das Espécies e a importância de Wallace
Os 200 anos de Darwin, os 150 da Origem das Espécies e a importância de Wallace
Luiz Eduardo Corrêa Lima
Sou Evolucionista convicto e Darwinista confesso, portanto não tenho nenhuma pretensão a tirar de Darwin o mérito pela sua argumentação sobre a Seleção Natural como mecanismo fundamental para tentar explicar o processo evolutivo que levou a essa magnitude da biodiversidade orgânica que hoje temos no Planeta Terra. Por outro lado, há aspectos da história que precisam ser contados e há, inclusive, outro grande personagem que é tão importante quanto Darwin e que quase nunca é citado, pelo menos fora dos meios científicos, quando se faz referências às idéias de Darwin e da Seleção Natural.
Por conta disso, resolvi me atrever, ainda que sem possuir grande bagagem histórica, e escrever um pouco mais sobre essa questão, no intuito de tentar tornar mais claro e verdadeiro o processo histórico e de reconhecer o devido valor desse outro personagem insigne da História Natural passada e da Biologia Moderna. Entretanto, para chegar onde quero, deverei passar por outros relatos históricos sobre Darwin, ressaltando sua vida, sua viagem pitoresca, sua angústia e por fim a publicação de sua teoria no livro não religioso mais lido do mundo até hoje, qual seja, “A Origem das Espécies”, que estará completando 150 anos da publicação de sua primeira edição no ano de 2009.
Todos sabem sobre a famosa viagem de Charles Darwin pelo mundo, com 22 anos de idade, a bordo no navio inglês “HMS Beagle”, a partir de dezembro de 1831. Viagem que inicialmente seria de, no máximo, 2 anos e que acabou levando quase 5 anos para ser concluída. Darwin que era filho de uma família nobre da Inglaterra e tinha sua vida previamente definida para seguir uma carreira ligada ao clero (possivelmente seria padre), por conta de um compromisso das Famílias Tradicionais Inglesas daquela época. Porém, o jovem Darwin queria ser médico e não concordava muito (na verdade não concordava nada) com a promessa feita por seu pai, a esse respeito em seu nome, até porque tinha muitas dúvidas quanto às questões religiosas imperantes naquele momento.
Darwin, depois de muitas tentativas de fugir ao compromisso eclesiástico, conseguiu convencer seu pai de deixá-lo participar da viagem da “Beagle”, antes de ingressar efetivamente no Seminário e seguir a sua vida de celibato e de religiosidade. Assim, o jovem Darwin, aos 22 anos, partiu da Inglaterra para dar a volta ao mundo e para tentar se preparar mentalmente para sua vida futura como religioso. Durante os quase 5 anos da viagem, Darwin teve tempo suficiente para descobrir que não seguiria de maneira nenhuma a carreira eclesiástica, mas também teve tempo para decidir que também não seria médico, pois seu interesse pela História Natural, primeiramente a Geologia e depois também a Biologia, particularmente a Botânica e a Zoologia, cresceu e se desenvolveu muito ao longo da viagem. O jovem Darwin certamente teria um problema para resolver com seu pai, quando a “Beagle” retornasse à Inglaterra, mas essa seria outra questão a ser resolvida posteriormente.
Darwin saiu da Inglaterra como um visitante de luxo, um observador, ou melhor, um acompanhante do Capitão do Navio, Robert Fitzroy e aproveitou para seguir os passos do Naturalista da Expedição, o médico Robert McKormick, de quem Darwin ficou muito amigo, por conta de sua doença e dos cuidados de sua internação médica quando passava pela cidade de Valparaíso, no Chile. Assim, Darwin se viu lado a lado com o naturalista e aos poucos foi assumindo, ainda que indiretamente, o posto de Naturalista da Expedição. Por coincidência, por acaso ou por determinação do destino, o Doutor McKormick acabou contraindo forte infecção durante a viagem e acabou falecendo. Desta maneira Darwin assumiu o posto de naturalista da “Beagle”. Foi a partir desse instante que as coisas começaram a acontecer, seus pensamentos começaram a mudar e as idéias evolucionistas começaram a tomar corpo e lugar na sua mente.
Cada lugar, cada passagem, cada momento era algo de fantástico para o jovem naturalista que nunca havia saído da Inglaterra e que não tinha nenhuma idéia da grande Diversidade Biológica e Geológica do Planeta Terra. A cada instante, em cada porto, em cada praia e em cada ilha sempre surgiam coisas novas, absolutamente nunca vistas pelos olhos da grande maioria dos naturalistas daquela época, mormente do jovem Darwin. Algumas coisas eram conhecidas apenas por relatos produzidos pelos viajantes anteriores e pelas obras de arte realizadas pelo bico da pena de alguns desenhistas famosos, porém havia efetivamente pouco material, tanto geológico quanto biológico coletado e colecionado. Embora a viagem tivesse um objetivo específico, Darwin resolveu coletar bastante material e colecionou tudo o que foi possível.
Com tanta novidade e com tanto material, Darwin começou a questionar o porquê de existir tanta variabilidade entre os indivíduos de uma mesma espécie e também das inúmeras semelhanças adaptativas que existiam entre as formas vivas de diferentes regiões geográficas. Ele observou que embora as formas fossem diferentes, elas tinham algumas características em comum e isso iniciou uma revolução no seu pensamento e um conceito contrário àquele que a tradição religiosa havia lhe ensinado. Darwin estava começando a perceber que as coisas, pelo menos os organismos vivos, eram capazes de mudar e isso contrariava drasticamente toda a sua formação filosófica e ideológica a respeito da vida no Planeta.
O pensamento Fixista (imutabilidade das formas vivas) que, até então, era o único que ele efetiva e sistematicamente conhecia, começara a cair por terra em seus pensamentos, pois as evidências eram cada vez mais fortes do contrário. Aliás, a exemplo ou talvez por influência de seu avô paterno, Erasmus Darwin, Charles sentia que o Fixismo não parecia fazer muito sentido. Erasmus Darwin foi médico e autor de algumas obras sobre História Natural, a principal delas foi Zoonomia, publicada em 1795, na qual já considerava alguns aspectos sobre a possibilidade da Evolução (transformação das espécies). Desde menino, Charles Darwim sempre foi grande admirador da obra de seu avô e achava interessante pensar evolutivamente. Porém, como seria possível explicar o que ele estava observando sem contrariar velhos dogmas estabelecidos pelas religiões, em particular o cristianismo, daquela época?
Darwin escreveu muitos artigos e mandou muito material de volta para a Inglaterra, isso ainda do interior da “Beagle”. Quando voltou a Inglaterra, rompeu com seu pai, com a idéia de ser médico e principalmente com a obrigação da carreira eclesiástica. Daí em diante ele dedicou-se exclusivamente a História Natural, descreveu várias espécies e publicou inúmeros trabalhos sobre o material que coletou e sobre as observações que fez. Alguns de seus trabalhos daquela época, na área de Botânica, de Zoologia e de Paleontologia são referências até hoje. Entretanto alguma coisa ainda o preocupava: como as formas vivas, apesar de diferentes, eram tão parecidas? O que estaria por trás dessa semelhança entre as formas vivas, senão um parentesco resultante de mudança adaptativa?
Em vários de seus artigos, Darwin deixou escapar algumas de suas idéias, principalmente as relacionadas com a influência do ambiente sobre os organismos, porém sem assumir abertamente sua Teoria, pois ele sabia o que poderia acontecer e temia as consequências da publicação ampla e efetiva de seus pensamentos sobre a Evolução e os mecanismos evolutivos. De vez em quando, Darwin comentava um pouco sobre as suas idéias com alguns de seus colegas e amigos mais próximos, entretanto, salvo raras exceções, aparentemente, ele não ia além de simples e meras especulações sobre o assunto.
O tempo foi passando e Darwin resolveu juntar suas idéias em uma obra: “A Origem das Espécies”, mas ainda não resolveu publicá-la. A partir desse momento, ele passou a conversar mais abertamente com seus amigos sobre a obra e sobre as idéias nela contidas. Rapidamente, os amigos de Darwin se dividiram em dois grupos, um mais numeroso que era contra a publicação e outro menor que era favorável ao lançamento das novas idéias, mas que sabia que a publicação traria consequências desagradáveis para Darwin.
Nessas alturas Darwin já era um cientista famoso e muito respeitado na Inglaterra e tinha por isso mesmo uma reputação e um nome que não podia deixar manchar. Além disso, sua família, particularmente sua mulher, ainda mantinha relações estritas com a igreja e ele não queria arrumar problemas. Porém, suas evidências e seus argumentos eram cada vez mais fortes, suas idéias ficavam cada vez mais claras e seus amigos mais próximos insistiam que ele deveria apresentar sua obra sem receio.
Mais de 20 anos se passaram desde que Darwin havia voltado de sua viagem com a “Beagle” e até então, já com cerca de 50 anos de idade, ele ainda estava indeciso, quanto a publicação de suas idéias. Darwin era um homem relativamente maduro, porém sempre preocupado e angustiado, porque tinha vivido um grande martírio nos últimos anos lutando contra si mesmo, na eterna dúvida entre publicar e não publicar o seu livro, lançando abertamente seu pensamento ao mundo.
Foi nesse momento da história que Darwin recebeu uma carta de um jovem naturalista, ainda desconhecido dos meios acadêmicos, Alfred Russell Wallace, que dizia ter ouvido falar das idéias de Darwin e do livro que estava desenvolvendo e pretendia publicar. Wallace disse a Darwin que parecia haver chegado às mesmas conclusões e estava aguardando a publicação do seu livro para também poder fazer algumas comunicações sobre o assunto. Entretanto, Wallace chamou a atenção de Darwin, ressaltando que se Darwin não resolvesse publicar logo essas novas idéias, então que ele, Wallace, iria publicá-las, porque estava convicto da mudança das espécies. O jovem Wallace, 14 anos mais novo que Darwin poderia assim ter tomado o lugar de Darwin na história.
Da mesma maneira que Darwin, Wallace acabara de fazer uma viagem pelo mundo, não tão longa quanto a de Darwin, pois levou apenas 2 anos e ainda fez uma grande viagem exploratória ao Arquipélago Malásio, a qual também levou cerca de 2 anos. Essas viagens permitiram a Wallace concluir as mesmas coisas que o “velho” Darwin havia concluído e que não publicara, até então. Além disso, Wallace foi capaz de observar e de definir outras coisas muito interessantes para a Biologia como será visto mais à frente nesse ensaio.
Darwin se viu ameaçado no trabalho de toda a sua vida. Tudo aquilo que estudou e que concluiu ao longo de quase 30 anos de pesquisas iria para a autoria de um jovem rapaz, totalmente desconhecido dos meios científicos. Todo o trabalho de sua vida seria perdido. Darwin respondeu a Wallace e inclusive trocou algumas outras correspondências, nas quais assumiu alguns argumentos e idéias propostas por Wallace e disse que estava pronto para lançar a sua grande obra. Assim, em 1 de julho de 1858, Darwin e seu amigo Charles Lyeel, apresentaram conjuntamente as idéias da Seleção Natural como agente operador da Evolução na reunião da Lynnean Society de Londres.
Foi desta maneira e a partir desse episódio que Darwin resolveu acabar de organizar o seu livro e assim, em 22 de novembro de 1859, foi lançada a primeira Edição da obra “A Origem das Espécies”, a qual já estava esgotada no dia anterior ao seu lançamento, até porque, nessas alturas, ela já não trazia grandes novidades. Já havia tanta discussão sobre o assunto na Inglaterra daquele tempo, que, de alguma forma, toda a comunidade científica, embora não conhecesse exatamente o que havia no texto, já tinha pleno conhecimento sobre o teor genérico da obra. A publicação da obra, por vários aspectos, constituiu-se num grande marco na História da Ciência e toda a Humanidade.
De lá para cá, foram mais de 650 edições diferentes, em praticamente todos os idiomas conhecidos. A obra de Darwin é o terceiro livro mais lido no mundo, só perdendo para a Bíblia e o Alcorão. São quase 150 anos da publicação, mas até hoje a obra: “A Origem das Espécies” continua vendendo e angariando adeptos a sua idéia básica, qual seja, da Evolução Biológica através do processo de Seleção Natural.
Obviamente a Ciência, nesses 150 anos, cresceu e esclareceu muitas coisas que estavam pouco claras no trabalho original de Darwin, pois ele não tinha nenhum conhecimento de Bioquímica e do DNA, de Genética e da idéia de Mutação e mesmo de Ecologia. Trabalhos ulteriores de Theodozius Dobzansky, Ernest Mayr, G. Simpson e mais recentemente de Richard Dalkins, Edward. Wilson, Stephen Gould e vários outros, confirmaram as premissas de Darwin e hoje, não há no meio científico, praticamente ninguém que se manifeste contrariamente às idéias contidas na “Origem das Espécies”, as quais ficaram conhecidas como Darwinismo. Se o Darwinismo ainda tem antagonistas é apenas pelo interesse religioso e dogmático de algumas crenças retrógradas que vendem a idéia errada e absurda de que acreditar no processo evolutivo seja negar a existência de Deus, o que efetivamente não é verdade.
No meio científico, o que se discute são os mecanismos pelos quais a Seleção Natural atua, mas ninguém duvida de sua ação contínua visando à adaptação e a consequente melhoria constante das espécies no ambiente onde são encontradas. A sobrevivência dos organismos está diretamente ligada à capacidade de adaptação ao ambiente que eles desenvolvem ao longo do tempo. O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução, que reúne as idéias de Darwin, Wallace e o conhecimento científico moderno sobre os mecanismos de Reprodução Sexuada, Genética, Bioquímica é hoje o fundamento primário e norteador da Biologia como Ciência Natural. Aliás, no dizer de Karl Poper, considerado o maior filósofo do século XX, “a Biologia só existe como ciência por conta da existência da Teoria Evolucionista”, do contrário ela poderia ser reduzida a um simples ramo da Física.
Darwin realmente era um gênio, pois tudo o que concluiu foi por conta de sua capacidade de observação e de seu cérebro privilegiado. Entretanto, talvez ele não ficasse tão famoso, sua teoria não fosse se quer conhecida e ele, talvez não fosse o grande personagem da História que hoje ele é, se não tivesse recebido a “bendita carta” que recebeu daquele jovem cientista, qual seja, Alfred Russell Wallace.
Pois então, meus amigos, é exatamente desse jovem que quero discorrer um pouco mais para tentar minimizar a injustiça histórica pelo total esquecimento de Wallace como fator fundamental, tanto motivador de Darwin, como gerador de informações, muitas das quais o próprio Darwin aproveitou e citou em seu trabalho, quando se comenta sobre a mais importante Teoria Evolucionista até o presente momento: A Teoria Darwinista da Seleção Natural. A Teoria é chamada de Darwinista, mas as idéias e os argumentos nela contidos são de Darwin, Wallace, Lyell e de alguns outros homens geniais que viveram naquela época.
Alfred Russell Wallace, nasceu no País de Gales, há 180 anos atrás, em 8 de janeiro de 1828 e desde cedo demonstrou a sua capacidade para a História Natural. Entretanto, Wallace não teve as boas condições sociais e econômicas que Darwin tinha e, por isso mesmo, antes de ser naturalista fez muitas outras coisas. A situação de Wallace só se concretizou quando seu irmão mais velho, que também era seu sócio, morreu e assim ele herdou um patrimônio significativo. Wallace então resolveu fazer um volta ao mundo para conhecer as maravilhas de fora da Grã-Bretanha. Essa viagem lhe abriu os olhos à verdade que Darwin já havia observado alguns anos antes.
Logo depois ele resolveu pesquisar mais a fundo o Arquipélago Malásio e passou 2 anos colecionando material daquelas ilhas e isso lhe permitiu inúmeros trabalhos e grandes conclusões a respeito da relação entre a Geografia e a Biologia. Wallace é considerado um grande benemérito daquela região, sendo homenageado por aquele país até hoje e ainda há muitas informações de Wallace, adquiridas naquela época, sendo estudadas e discutidas atualmente.
As duas viagens de Wallace, sua tenacidade como observador e sua inteligência lhe proporcionaram feitos brilhantes, os quais são aceitos pela Ciência, até hoje, sem nenhuma mudança. O principal desses feitos foi a Divisão do Mundo em Regiões Zoogeográficas. Wallace foi o primeiro cientista a observar e propor que as faunas das diferentes regiões do Planeta são diferentes e características de cada região, pois o ambiente é fator condicionante nos organismos que ocupam determinado local. Desta forma ele mapeou o mundo e o dividiu em 6 Regiões Zoogeográficas: Paleártica, Neártica, Etiópica, Oriental, Australiana e Neotropical. Mais recentemente foi definida e acrescentada as seis regiões de Wallace, uma sétima região, a Região Antártica, que Wallace não poderia ter descrito porque naquele tempo, nem ele e nem ninguém sabia ao certo, se quer, que no Continente Antártico existia vida.
A precisão de Wallace na definição dos limites geográficos de suas Regiões Zoogeográficas foi de tal ordem, que até hoje, cerca de 150 anos depois, ninguém mudou absolutamente nada no que se refere às dimensões e às áreas por ele definidas. Ele chegou ao cúmulo da precisão, ao separar duas ilhas oceânicas, Bali e Lombok, que distam apenas 32 quilômetros entre si, como pertencentes a Regiões Zoogeográficas distintas, traçando entre elas uma linha imaginária, que ficou conhecida, até hoje, como a LINHA DE WALLACE e que passou a ser o marco de divisão entre as Regiões Zoogeográficas Oriental e Australiana.
Cabe ressaltar que os únicos aparelhos que Wallace tinha eram a sua Capacidade de Observação e o seu Tino Científico. Wallace é conhecido como o “Pai da Biogeografia”, hoje um dos mais importantes ramos das Ciências Naturais e sua classificação para as Regiões Zoogeográficas continua permanecendo na base de toda a Biogeografia Moderna e de todo estudo sobre a Distribuição Geográfica dos organismos vivos do Planeta.
Wallace foi realmente um sujeito genial e um cientista fantástico, que embora tenha tido seu lugar efetivo na Ciência, ainda não teve o seu devido reconhecimento histórico. O mundo científico sabe que deve muito a Wallace, porém a humanidade ainda não conhece sua importância e a verdadeira história da Teoria da Seleção Natural, criada por Charles Darwin, mas que recebeu muitos adendos advindos de Alfred Russel Wallace.
Por conta disso, agora que estamos comemorando os 200 anos de nascimento de Darwin, os 150 anos da publicação da primeira edição da “Origem das Espécies”, obra máxima do Evolucionismo, e os 180 anos do nascimento de Wallace, torna-se fundamental que sejam prestadas homenagens a Charles Darwin seu autor intelectual principal, mas também é necessário que se divulgue e que se apresente à população aquele que foi um grande colaborador do autor e em última análise, ainda que indiretamente, o grande responsável pela publicação da obra, isto é, Alfred Russel Wallace, haja vista que sem sua opinião, talvez Darwin não tivesse publicado a obra “A Origem das Espécies” e consequentemente não teria lançado ao mundo a Teoria da Seleção Natural como agente causador da Evolução.
Na verdade, esses dois gênios, Darwin e Wallace, merecem respeito e espaço na história da humanidade pelos seus feitos fabulosos em favor do conhecimento da História Natural e obviamente pelos seus trabalhos em prol das Teorias de Evolução Biológica (Evolucionismo) e pelas suas respectivas importâncias para as Ciências Naturais como um todo.
Luiz Eduardo Corrêa Lima (52) é Biólogo, Professor, Ambientalista e Escritor;
Membro Fundador da Academia Caçapavense de Letras (Cadeira 25);
Membro Associado do Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV);
Ex-Vereador e Ex-Presidente da Câmara Municipal de Caçapava.
Artigo anteriormente publicado na Revista Ângulo, Número 116:36-41, Lorena/SP, 2009.