Artista: Ai Wei Wei
Em um dia de sol de outubro, desloquei-me à Cordoaria Nacional para conhecer a obra do artista chinês AI Wei Wei. Passo pela baixa lisboeta, jovens de trotinetes, pessoas passeando próximo ao Rio Tejo. a cidade está colorida, gaivotas cruzam o céu, pessoas de todas as nacionalidades circulam no centro de Lisboa. Acredito que o mundo é aqui. No meio da tarde chego à exposição, tão instigante como a biografia do autor.
A exposição Rapture, tem como curador o brasileiro Marcello Dantas. Parceria de longa data.
Ai Wei Wei, é um artista que questiona os problemas da sociedade atual, especialmente o sistema chinês. Seu pai foi um grande poeta, fez parte do Movimento Comunista, mais tarde seu opositor sendo preso e exilado dentro da própria China pelo regime comunista. As raízes de inspiração do artista Ai Wei Wei levam ao mundo uma linguagem de denúncia e ao mesmo tempo irreverente. Através das instalações esculturas, questiona e crítica o sistema chinês. Talvez seja uma maneira do artista sublimar as vivências do pai e da família,
Passeando pela exposição tive a lembrança de artistas como Marcel Duchamp e Andy Warhol. Dentro de um outro contexto histórico e donos de uma biografia diferente.
Voltando a exposição, fiquei impressionada com as instalações que procuram reproduzir a vida diária do artista, quando esteve detido em isolamento(2011). Também um painel de azulejo nas cores azul e branco, com imagens referentes à crise dos refugiados que tentam chegar à Europa.
Após conhecer a obra de Ai Wei Wei, somos todos cidadãos do mesmo planeta, apesar das diferenças sociais econômicas. O que nos leva refletir sobre nossas liberdades individuais, onde todos de alguma maneira somos cerceados, atém mesmo pelo imenso Big Brothers que estamos inseridos.A arte é universal, através de aparecimentos midiáticos, o artista leva a voz a temas que afetam não só a sociedade onde nasceu, mas afetam de certa maneira o dia a dia de todos nós,