O-Mais-Que-Perfeito, no poema de Vínícius
Video:
https://www.youtube.com/watch?v=6E6nz8Y4yxA
Não sou entendida em literatura, mas sou mulher. As mulheres entendem mais de poesia, principalmente quando se trata de Vinícius de Moraes.
A conjugação verbal no pretérito mais-que-perfeito na língua portuguesa, associada a esta poesia, sugere uma coisa que podia ter sido, mas não foi, um desejo, uma esperança, algo que seria mais do que perfeito, caso acontecesse.
A língua portuguesa é a mais complicada do mundo. Acrescido a isto, as comunidades lusófonas jamais se entenderam. Podem existir antiga e nova ortografia, podem existir regras pra se escrever ou dizer isto e aquilo em português, mas uma coisa é mais que perfeita: a poesia de Vinícius.
Eu nasci em 1958, no ano e que ele escreveu este trabalho. Ele então, morava em Montevidéo. Acho que em 1962 ele musicou o poema, mas, a meu ver, ficou feinho pra caramba.
Talvez com uns 13 anos comecei a ler as poesias românticas deste autor. Uma delas me encantou e eu a tinha escrita a mão, bem colada num papelzinho na parede de meu quatro: O mais-que -perfeito. Por muitos anos a fio cada frase me dizia algo diferente, de acordo com a minha maturidade e convívio social.
Naquela época a gente só tinha acesso a essas preciosidades através de livros, revistas ou jornais. Não havia Internet, WhatsApp, Facebook. Não existia telefone celular. Não havia nem o extinto fax!
As coisas chegavam com muita lentidão às nossas vidas, mas, por outro lado, os grandes gênios de todos os tempos surgiram na minha juventude (ou muitos anos antes de eu nascer). Eles se foram deste mundo, mas a obra ficou, assim como a diferença que fizeram na cultura.
Em 1970 começou uma fase de filmes sobre tragédia com avião etc etc. O filme Aeroporto deu uma série malévola. Eu me encantei com a trilha sonora do filme de estréia, estrelada com um som de guitarra “aquática” produzida por Vincent Bell, "Airport Love Theme". Eu não sei qual a razão, mas eu associava o poema de Vinícius àquela melodia.
Muitas décadas depois, quando eu comecei a mexer em computador e aprender a fazer PPS, resolvi juntar Vincent a Vinicius. Muitos erros eu cometi! Muitas coisas estão por aí na Internet. Acontece que eu hoje sou uma senhorinha, que continua apaixonada pela música, pela poesia e pelo próprio amor. Utilizei os mesmos slides, apenas dando uma guaribada básica, mas mantendo as raízes da tal inspiração de anos atrás.
Eu podia fazer bem melhor hoje, mas fui leal à minha inocência. Espero que os jovens de hoje comecem a se interessar pela literatura e a aplique em suas vidas, nos mais profundos momentos, como eu, uma moça romântica e pura.
Leila Marinho Lage
23 de agosto de 2015
clubedadonameno.com
Video:
https://www.youtube.com/watch?v=6E6nz8Y4yxA
Não sou entendida em literatura, mas sou mulher. As mulheres entendem mais de poesia, principalmente quando se trata de Vinícius de Moraes.
A conjugação verbal no pretérito mais-que-perfeito na língua portuguesa, associada a esta poesia, sugere uma coisa que podia ter sido, mas não foi, um desejo, uma esperança, algo que seria mais do que perfeito, caso acontecesse.
A língua portuguesa é a mais complicada do mundo. Acrescido a isto, as comunidades lusófonas jamais se entenderam. Podem existir antiga e nova ortografia, podem existir regras pra se escrever ou dizer isto e aquilo em português, mas uma coisa é mais que perfeita: a poesia de Vinícius.
Eu nasci em 1958, no ano e que ele escreveu este trabalho. Ele então, morava em Montevidéo. Acho que em 1962 ele musicou o poema, mas, a meu ver, ficou feinho pra caramba.
Talvez com uns 13 anos comecei a ler as poesias românticas deste autor. Uma delas me encantou e eu a tinha escrita a mão, bem colada num papelzinho na parede de meu quatro: O mais-que -perfeito. Por muitos anos a fio cada frase me dizia algo diferente, de acordo com a minha maturidade e convívio social.
Naquela época a gente só tinha acesso a essas preciosidades através de livros, revistas ou jornais. Não havia Internet, WhatsApp, Facebook. Não existia telefone celular. Não havia nem o extinto fax!
As coisas chegavam com muita lentidão às nossas vidas, mas, por outro lado, os grandes gênios de todos os tempos surgiram na minha juventude (ou muitos anos antes de eu nascer). Eles se foram deste mundo, mas a obra ficou, assim como a diferença que fizeram na cultura.
Em 1970 começou uma fase de filmes sobre tragédia com avião etc etc. O filme Aeroporto deu uma série malévola. Eu me encantei com a trilha sonora do filme de estréia, estrelada com um som de guitarra “aquática” produzida por Vincent Bell, "Airport Love Theme". Eu não sei qual a razão, mas eu associava o poema de Vinícius àquela melodia.
Muitas décadas depois, quando eu comecei a mexer em computador e aprender a fazer PPS, resolvi juntar Vincent a Vinicius. Muitos erros eu cometi! Muitas coisas estão por aí na Internet. Acontece que eu hoje sou uma senhorinha, que continua apaixonada pela música, pela poesia e pelo próprio amor. Utilizei os mesmos slides, apenas dando uma guaribada básica, mas mantendo as raízes da tal inspiração de anos atrás.
Eu podia fazer bem melhor hoje, mas fui leal à minha inocência. Espero que os jovens de hoje comecem a se interessar pela literatura e a aplique em suas vidas, nos mais profundos momentos, como eu, uma moça romântica e pura.
Leila Marinho Lage
23 de agosto de 2015
clubedadonameno.com