Já não seria hora de se mudar (se tal fosse possível) o título dessa novela das sete (dezenove horas) ?
Para nós, pelo que a trama tem mostrado até o
momento, é totalmente descabido o título SANGUE BOM para essa
citada novela. A começar pelo erro gramatical que, no nosso enten-
dimento, foi cometido (não emprego do hífen) no título.
Para quem está acompanhando o desenrolar da
história mostrada na novela, o título mais adequado poderia ser :
"AS VÁRIAS FACES DA TRAIÇÃO"
(ou, para os mais radicais,)
"O RENASCIMENTO DE SODOMA E GOMORRA".
Nunca se viu (até onde nos lembramos) tantas per-
sonagens da trama envolvidas, ao mesmo tempo, em casos de traição. Um deles (que nos parece mais indutor negativo de imitações doravan-te) é o emblemático exemplo daquela personagem que está com o casa-mento em vias de se concretizar e que, pela dúvida da noiva (se ama verdadeiramente ou não o noivo), é "aconselhada" por uma "amiga" a
encontrar uma "válvula de escape" para essa sua tal dúvida.
E que "válvula de escape" indicada é essa ? A mais baixa forma de traição : Num dos últimos capítulos, a personagem que aceitou (por lhe ser conveniente) o "conselho" da "amiga", após passar uma tarde transando com seu amante, liga para o "oficial" (ô, coitado!),
toda (falsamente) melosa, dizendo amá-lo e que está indo ao encontro dele para...
Sabemos que a vida real é permeada de casos se-
melhantes. Mas, mostrado assim, dessa forma tão descarada numa no-
vela e num horário em que crianças e adolescentes podem assistir-lhe,
como fica a cabeça desses jovens que estão em processo de aprendi-
zagem ? O que, para eles, passará a significar "respeito", "moral", etc,
quando algum professor, em sala de aula, pedir que eles comentem so-
bre tais temas ?
Será que não é hora de se fazer uma revisão de pro-
cedimento nesses meios de comunicação (esclarecendo : não estamos
nos referindo à limitação da liberdade dos meios de comunicação, mas
de uma adequação deles aos princípios e valores morais. E a televisão
os encabeça).
À reflexão dos amigos...