O lápis e a borracha
Uma vez,certo professor, deixou encostados,o seu lápis e
a sua borracha, sobre a mesa, cheia de papéis escolares e retirou-se dali da sala-de-aula para ir almoçar.
Quando,de repente, ali ambos os objetos,geralmente, de uso exclusivamente escolar, sozinhos, parados, silenciosos
e inanimados.
Se mexem e criam vida.
E começam a falar e a discutir,um com o outro,da seguinte maneira competitiva,principalmente,a borracha
para constatar,quem entre o lápis ou ela,era o mais importante,ou seja,se era o lápis que escrevia, ou se era,a borracha que apagava o escrito.
O lápis e a borracha,estavam em pé,um do lado do outro,juntos.
A borracha pergunta para o lápis:
De novo, Você está escrevendo,nesses papéis?Você não se cansa de sempre fazer a mesma coisa,todos os dias?
Em só ficar aí escrevendo,à toa?
O lápis responde a borracha: Não,eu não me canso, de só escrever,porque eu sou um lápis ,esta é a minha obrigação e também,eu não escrevo nada em vão, viu!
aliás,você também não se cansa de só apagar,o que eu escrevo a toda hora?
A borracha repete a resposta do lápis:
não eu também não me canso,porque eu sou uma borracha e devo apagar,o que você escreve,esta também é a minha obrigação.
Mas a borracha,apesar dessa bela resposta do lápis,continuava:teimosa,persistente e teimava na tamanha tolice,porque esta queria, de fato,provar para o lápis,e sua suposta superioridade,diante do mesmo,mas ela não sabia,de maneira alguma,que querendo ou não
querendo,ambos faziam parte de um só, ou seja, um dependia do outro,assim como os Seres Humanos,porque,ninguém consegue viver só.
E sempre assim?Reclamava a borracha, você escreve e
eu em seguida,apago o teu escrito?
Isto não é justo!Porque eu queria ficar só e
independente e não só exercer uma função consecutiva
da sua,sempre e para sempre.
O lápis,então,resolveu ensinar a sua inseparável e ignorante companheira borracha,explicando-Ihe que era sempre e para sempre,assim mesmo,porque o lápis,realiza o seu trabalho de escrever e qualquer erro ou falha nesse trabalho.
Sempre e para sempre,há e haverá,a borracha que depois vem e serve para corrigir e apagar a imprudência ou descuido.
E por isso,que você sempre e para sempre,vem e virá,consequentemente, de algo, imprevisível e inevitável.
A borracha, até entāo,revoltada,diante daquela situação, de
sempre e rotineiramente, vir depois, desta vez,se satisfez devido a última resposta genial do lápis e a borracha,resolveu fazer as pazes com o lápis em definitivo, porque,afinal de contas,este apesar de
tudo, faça chuva ou faça sol,sempre esteve ali,ao seu lado,pertinho e nunca a abandonou, isto é,uma amiga
assim,não há como abandonar,porque ela exercia e exerce uma função insubstituível e indispensável de apagar.
Após 1 hora, desde que o professor,ausentou-se dali de sua sala-de-aula, ele retorna do seu almoço.
O professor que acabara de sentar-se à sua mesa,volta, incessantemente, acerca do que estava a escrever e escrevendo anteriormente.
Mas antes de mais nada,ele sentara-se, ajeitara-se e acomodara-se à sua mesa,cheia de papéis,e arruma
os mesmos,dividindo-os em dois blocos de cem folhas cada.
E finalmente,o professor pega o seu lápis e escreve e quando erra algo,de novo,em seguida,pega a borracha, ao lado do lápis e apaga o seu escrito,ou melhor,o seu ato
imprudente, sendo assim,corrigindo um erro ortográfico de si mesmo,ou também,às vezes, um mero erro de gramática de seus alunos de língua portuguesa e como sempre,dependendo, diariamente,em suas aulas,do uso mais que necessário do seu lápis e da sua borracha.
Autor: Wilhans Lima Mickosz