O RELÓGIO E O TEMPO
Em uma sala de estar, um relógio antigo marcava as horas com precisão. Seu tic-tac constante regulava a rotina da casa. “Eu sou o mestre do tempo,” vangloriava-se. “Sem mim, ninguém saberia quando agir, comer ou descansar.”
O tempo, invisível e silencioso, continuava seu curso sem pressa. Certo dia, o relógio parou, e a casa ficou desorientada. Mas, embora o relógio estivesse quieto, o sol continuou a se mover, e os dias seguiram seu curso.
Quando o relógio foi consertado, ele percebeu que, enquanto ele marcava o tempo, não era ele quem o controlava. Era o tempo, constante e implacável, que dava sentido ao seu tic-tac.
Moral da história:
O tempo é eterno e independente; os mecanismos que o medem apenas seguem seu fluxo imutável.
Cachoeira do Arari, Pará, Brasil, 18 de agosto de 2024.
Composto por Manoel da Silva Botelho.
◄ Apólogo Anterior | Próximo Apólogo ►