A CHAVE E A FECHADURA
Em uma velha porta, uma chave e uma fechadura viviam em harmonia, cada uma desempenhando seu papel. A chave, de metal brilhante, orgulhava-se de abrir portas e dar acesso ao que estava além. “Sou eu quem permite a passagem,” dizia ela.
A fechadura, em contraste, era discreta, permanecendo escondida, mas essencial. “Eu guardo o que está dentro,” refletia em silêncio.
Certa vez, a chave se perdeu. Sem ela, a fechadura permaneceu trancada, impedindo a entrada de qualquer um. O dono da casa, desesperado, tentou forçar a porta, mas sem sucesso. Quando a chave foi encontrada, a porta foi aberta com facilidade.
A chave entendeu que sua importância só existia porque havia algo a ser trancado e protegido. A fechadura, por sua vez, viu que, sem a chave, seu valor não poderia ser plenamente apreciado.
Moral da história:
A segurança e a liberdade são faces de uma mesma moeda, e um depende do outro para existir.
Cachoeira do Arari, Pará, Brasil, 18 de agosto de 2024.
Composto por Manoel da Silva Botelho.
◄ Apólogo Anterior | Próximo Apólogo ►