A AGULHA E O ALFINETE
Em uma pequena caixa de costura, viviam uma agulha e um alfinete. A agulha, fina e brilhante, orgulhava-se de sua precisão. “Sou eu quem costura as roupas que todos vestem,” dizia ela, “sou fundamental para o mundo.”
O alfinete, com sua cabeça pequena e pouco destaque, ouvia calado. “Talvez eu não costure, mas sou útil para manter as coisas no lugar,” pensava.
Certo dia, a costureira se distraiu e deixou a agulha cair no chão. Por ser tão fina, perdeu-se entre as tábuas. Sem ela, a costureira usou o alfinete para prender o tecido temporariamente, continuando seu trabalho.
Quando a agulha foi finalmente encontrada, sentiu-se humilhada ao ver que, mesmo sem ela, o trabalho havia prosseguido. A lição ficou clara: no mundo, todos têm seu valor, e a arrogância pode levar à insignificância.
Moral da história:
Não subestime o valor dos outros; a utilidade de cada um é revelada nas circunstâncias certas.
Cachoeira do Arari, Pará, Brasil, 17 de agosto de 2024.
Composto por Manoel da Silva Botelho.
◄ Início | Próximo Apólogo ►