...Não Poderia Ser Assim
Mas infelizmente é!
A vida em desatino,
Desalinhada como seus próprios cabelos ao vento
O andar define toda uma tristeza que encarcera seu coração.
Que desenha toda uma história de agruras, ligada à uma solidão
É muito triste de se ver, mesmo pouco que se conhece
E quem a encontra, de suas histórias,
Jamais se esquecem!
São vidas que se sentem invisíveis
Vistas apenas pelos olhares fraternos
Mas que, pode elas passam tão rápido
Ao ponto de não mais lembrá-las
Vida marcada de dor e sofrimento
Vidas que muitas delas, cuidam de outras vidas
Mas choram em silêncio pedindo socorro
Sem que ninguém as ajude, nem mesmo por um só momento
Por onde passa parece deixar rastros de invisibilidade...
Ninguém a vê! Ninguém a ouve... ninguém por elas choram!
O mundo é muito grande! E como é grande... Mas é tão pequeno!
Tão pequeno porque ela não se encontra,
Ou tão grande que se encontra perdida!
Marcas pelo corpo...
O desequilíbrio no andar a denuncia
Que as marcas na alma são muito mais fortes
Que pelo seu olhar se ver todo um desgosto!
Eu falo de uma, por vezes de umas
Eu falo dela, por vezes delas
Eu falo de todas!
É assim... Mas não poderia ser assim...
(Márcio Silva)