A batata-inglesa e a batata-doce

Certo dia,em cima da mesa de uma dona-de-casa,havia dois tipos diferentes de batatas,uma doce e uma inglesa.

E elas viviam a discutir sobre quem era a melhor delas duas,porque,uma queria se sentir superior a outra.

A batata-doce se dizia ser melhor porque ela era doce,e a batata-inglesa,também se dizia ser melhor que a batata-doce só porque,ela falava inglês.

A batata-doce invejosa,lhe falava,você não fala inglês, é o seu nome!

E a batata-inglesa lhe retrucava: Como não? É lógico que eu falo inglês, falo só quando,eu quero é acho devo falar com quem é da minha laia e você não é da minha laia e nem é tão doce quanto diz ser.

A batata-doce,indignada, com aquela afirmação da batata-inglesa lhe disse,se eu não fosse doce,eu não seria chamada de batata-doce.

A batata-doce ,lhe disse,você não passa de uma batata metida a estrangeira sendo que nunca falou comigo em inglês a não ser,em português, você se acha demais,sabia ?

A batata-inglesa ,eu não tenho nem devo que lhe provar nada,porque,eu sei o que eu sei e pouco me importo com sua opinião, só se sei que eu falo tanto em português quanto em inglês.

A batata-doce,lhe disse,então me prove,eu já falei, não devo lhe provar nada,o importante que eu sei falar e na hora certa irei falar,quando,for necessário e a batata-doce, disse,está bem então,você fica aí com toda sua metidez de ser bilíngue aí de lado,e eu fico aqui comigo mesmo com todo o meu doce de batata-doce.

Foi quando,depois,de toda aquela discussão sobre qual das duas eram melhores,havia chegado a hora de fazer o almoço no dia de domingo,e aquela dona-de-casa no início desse apólogo,viu,exatamente,aqueles dois tubérculos que só sabiam discutir um com o outro,sendo,que eles naquele momento estavam lado a lado,em cima de um prato,na mesa e ela,como sendo dona-de-casa e também cozinheira,ela,imediatamente, os viu e os pegou ali,e resolveu fazê-los para o almoço,e ela assim que os pegou em suas mãos,as batatas começaram a tremer em si,ela as temperou, as descascou e as colocou no forno para assar.

Foi quando,as batatas,novamente, começaram a falar,a batata-doce, e agora? O que será de nós duas? E a batata-inglesa,finalmente,começou a falar inglês, Oh! My god,It's The end,it's come our time to die!

A batata-doce, o que você está falando?

E a batata-inglesa,apenas,disse: good-bye,my friend!

E a batata-doce,pensou,concluindo,ela deve estar falando em inglês comigo agora,sendo que eu não estou entendendo nadica de nada,por que,eu fui duvidar dela ,de seu potencial de ser bilíngue, mas,também ela duvidou de que eu fosse tão doce,como eu sei que sou uma batata-doce.

Agora,nós vamos morrer,e eu irei ,sem saber,sobre o que a batata-inglesa me disse em inglês, porque, ela não quis me traduzir para o português suas derradeiras palavras.

Seja lá o que for,a batata-inglesa morrerá com todos seus vocábulos ingleses e eu com toda minha doçura de batata-doce é assim que tem que ser e assim que será,infelizmente,para nossas efêmeras vidas de tubérculos que estamos prestes a morrer aqui nesse local fechado e escuro,onde,eu não sei o nome disso,só sei que o meu pressentimento,é que está chegando o nosso fim.

E assim,que a batata-doce,consigo mesma,disse isto,a dona-de-casa e também cozinheira,acendeu o forno do fogão com um simples botão e sendo assim,as matou assadas para que elas fossem deliciosamente,experimentadas por um homem que não tinha nem um pingo de dó de comer batatas,porque,para ele,as batatas ,existem,apenas para isso, para sua satisfação alimentar e nada mais do que isso e assim,por aqui acaba essa estória nada feliz.

Autor: Wilhans Lima Mickosz

Wilhans Mickosz
Enviado por Wilhans Mickosz em 04/06/2023
Reeditado em 04/06/2023
Código do texto: T7805171
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