Roupas brigantes
Era uma vez um armário repleto de roupas de todos os tipos, tamanhos e cores. Entre camisas, saias, calças, meias, bermudas, shorts e roupas íntimas, a discussão era acirrada sobre quem era a mais bela e importante.
As camisas começaram a falar, argumentando que eram as peças mais elegantes do armário. Elas destacavam que seriam sempre as escolhidas para eventos importantes, como casamentos e formaturas. As saias, por sua vez, retrucavam dizendo que eram elas quem recebiam mais elogios por sua beleza e elegância.
As calças, via de regra, defendiam que eram mais práticas e confortáveis do que as outras peças. As meias, um pouco tímidas, afirmavam que apesar de serem pequenas, eram fundamentais para manter os pés aquecidos e protegidos. As bermudas e shorts, por outro lado, sustentavam que eram as mais adequadas para o clima quente e para atividades físicas.
As roupas íntimas, discretas como sempre, não desistiam de jurar que eram elas quem ficavam mais próximas do corpo e, portanto, tinham grande importância para o conforto e higiene pessoal. Cada uma delas tentava provar que era a mais importante e bela do armário.
As discussões foram ficando cada vez mais acaloradas, e as roupas começaram a se ofender, atacando a aparência, a textura e a cor uma das outras. As camisas criticavam as cores das bermudas, enquanto as meias apontavam que as suas amigas roupas íntimas eram pouco valorizadas.
Mas, em meio a tantos conflitos, uma roupa se destacou. Era uma simples camiseta bege, que ouvia atentamente as discussões. Quando percebeu que as brigas não levavam a lugar algum, ela decidiu intervir.
"Por que estamos brigando por causa da aparência?", questionou a camiseta. "Cada uma de nós é única e tem sua utilidade. As camisas são elegantes, as saias são charmosas, as calças são confortáveis, as meias são essenciais, as bermudas e shorts são práticos e as roupas íntimas são fundamentais. Não há nenhuma peça superior à outra, todas são importantes."
As outras roupas ouviram com atenção as palavras da camiseta e, aos poucos, foram se acalmando. Perceberam que não importava a aparência, mas a dignidade e a importância que cada uma tinha.
E assim, as roupas aprenderam uma grande lição. Descobriram que a aparência não define a qualidade de uma roupa, e que cada uma é única e relevante à sua maneira. A partir desse momento, passaram a se respeitar e a conviver em harmonia dentro do armário.