Feliz Ano Novo
vamos caminhar juntos
mãos dadas nunca dizem adeus
pé com pano, pé sem pano
Escrever é uma demonstração de bravura, enquanto receber comentários sobre os nossos escritos, é um presente dos amigos queridos. Creio que todos que se atrevem a publicar textos desejam saber a reação do leitor ao lê-los.
Tenho um desejo imenso de saber se o que eu escrevo faz sentido para quem lê. Sempre fico pensando no que posso melhorar.
Sempre ouvi dizer que o escritor não deve explicar o que escreve. Nunca apoiei essa justificativa, pois acredito que o leitor precisa entender o que o escritor teve em mente ao redigir um texto. Para mim, um dos percursos mais recompensadores na escrita é a Crítica Literária, porém, para meu desapontamento, ela é escassamente mencionada.
Terminei de redigir o poetrix "Feliz Ano Novo". Estou lendo e relendo-o há alguns instantes, e me perguntando: se não tivesse sido escrito por você, o que você falaria sobre ele? Vou responder.
O título "Feliz Ano Novo" já é um convite do autor para que este ano seja superado pelo velho em felicidade, amor, loucura, esperança e fé. Que a paz, a saúde e o amor estejam presentes em todos os dias deste novo ano que se inicia.
No verso inicial, ele suplica aos deuses: "vamos caminhar juntos" - pari passu! De preferência, em igualdade de condições, garantindo que todos, brancos e negros, recebam o mesmo tratamento. É fundamental, é necessário acertarmos os passos, não podemos caminhar para lados opostos. Precisamos estar disponíveis para o próximo.
No segundo verso, o mais significativo do poema, ele afirma explicitamente: vamos caminhar juntos, "mãos dadas nunca dizem adeus". É realmente impossível fazer um simples aceno ou um movimento com a mão, movendo-a de um lado para o outro, quando as pessoas estão realmente juntas, unidas ao meio, ao povo. Ele está declarando que, ao darmos as mãos, não há chance de separação, de adeus... Nada!
Finalmente... "pé com pano, pé sem pano". Essa é uma frase que foi frequentemente empregada na década de 60, quando uma criança cortava o pé, geralmente em pedaços de vidro, aplicava sal na lesão e atava o pé com um pedaço de tecido para se resguardar de uma possível infecção. Note que a expressão "pé com pano, pé sem pano" está vinculada ao primeiro verso, que declara: vamos andar juntos.
Começamos um novo ano, descartando o que não era positivo. Vamos avançar sem restrições, sem dor.
... E viva a poesia!!!