CURSO DE APOLOGÉTICA CRISTÃ: A VERACIDADE DOS EVANGELHOS

CURSO DE APOLOGÉTICA CRISTÃ: A VERACIDADE DOS EVANGELHOS

Miguel Carqueija

Prosseguindo na análise do magnífico livro do Padre Devivier, vejamos como ele facilmente demonstra a veracidade dos Evangelhos, destruindo os sofismas dos adversários da Igreja Católica.

Primeiramente, os evangelistas não poderiam se enganar, pois viveram aquela época e falavam de fatos públicos e notórios: “recentes, sensíveis, materiais, realizados em pleno dia e frequentemente presenciados por uma multidão considerável e até por inimigos de Jesus Cristo os quais, não ousando negá-los, os pretendiam explicar por uma intervenção diabólica”.

Também não quiseram enganar: “O cunho mesmo de singeleza e de probidade, que transparece em suas narrações, é um sinal evidente de sua veracidade. Nem eles por outro lado tinham interesse algum em praticar um ato tão degradante, sendo assim que ninguém é impostor senão movido por algum interesse. E estavam eles bem longe de tirar qualquer proveito de semelhante fraude, não menos prejudicial aos judeus que aos pagãos; e só tinham que contar com o que realmente encontraram, que foram desprezos, afrontas, perseguições e até a própria morte.” E acrescenta a sentença de Pascal: “De bom grado creio em testemunhas que se deixam degolar”.

Devivier ressalta ainda que uma figura como Jesus não poderia ter sido inventada. E a vida de Jesus, tal como narrada nos Evangelhos, não tem similar com heróis imaginários de passados mitológicos. Isso é muito importante, pois embora a gente esbarre hoje em dia com essas comparações absurdas, Devivier cita esta observação contundente do autor De Broglie: “Os fatos, cujo espetáculo o Evangelho nos apresenta, não se realizaram numa época remota qualquer, em tempos semi-heroicos e semi-bárbaros e numa região erma e desconhecida, como os das antigas religiões. Foi no meio de uma sociedade civilizada, e na metrópole de uma província romana, visitada na véspera, por assim dizer, por Pompeu, e no dia seguinte descrita por Tácito, que Jesus Cristo viveu, pregou, fundou a sua Igreja e derramou o seu sangue em sacrifício”.

Realmente, reflitamos que os Quatro Evangelhos descrevem lugares que existem até hoje, como Jerusalém e Belém, conhecemos os locais que Jesus pisou e onde viveu entre nós.

Rio de Janeiro, 24 de outubro de 2024.

Foto do autor: página de rosto. 

A capa está despencada, pois o volume é antiquissimo, herdado de meu pai. Ainda tenho a capa, mas o pórtico está melhor conservado.