Gertrudes Van Le Fort: A nostalgia da Unidade, resenha de J B Pereira
F. Lelotte, em Convertidos do século XX, destaca Gertrudes Van Le Fort a partir da pesquisa Dra. Jeane Ancelet-Hustache, da Universidade de Paris. Embora nascida no dia 11 de outubro de 1876, em Minden Vestfália, foi criada na mansão em Mecklemburgo. A pequena Gertrude era apaixona pela história de sua família e dos militares do seu passado. Isso moldou sua tenacidade e personalidade. Amor à Pátria ao convívio autero e nobre, em ambiente maternal suave e o cuidado com as plantas e os animais. O Barão seu pai é protestante e admira Calvino. Mas, a mãe dela é doçura e embeleza a casa com flores e sorriso aos 3 filhos. Lê às escondidas a Imitação de Cristo. Gosta de cantar, de poesia. Sua mãe mais tarde torna-se católica. Essa perspectiva é a base da conversão de Gertrudes Van Le Fort. Sua vivência está em romances: O véu de Verônica, A mulher eterna. Mantém segredo de ser católica. O amor de Deus está na Eucaristia. Em 1912, Canções e lendas tem tons melancólicos e de sonho. Contudo, o vigor de sua fé católica está em Cânticos esponsais: freiras se dedicam ao doentes de um hospital. Depois, enveredou-se aos estudos de filosofia e história alemã. Pontua sua saudade é juventude entre flores e cores. 1936, com 70 anos de vida, Gertrudes Van Le Fort está desolada consigo pelo declínio moral da Alemanha e o fracasso da primeira guerra mundial. De novo, em uma viagem de trem, após comprar uma revista Hochland, Terra Alta, seu alento está na fé católica, o canto, a piedade, evocam sua infância protestante sem mágoas. Sente que tudo agora tem sentido: está sua fé partenal infantil no seio maternal católico, sem medo de ser feliz... Os valores protestantentes tem suas raízes boas no Catolicismo. Entende que a cisão antiga foi um cisão no amor de muita gente e épocas... O mundo continua dolorosamente dividido. A Túnica inconsutil permanece íntegra... Daí escreveu As núpcias de Magderbyrgo em 1938. Somos todos irmãos em Jesus, chega de "separados"... Pois é o mesmo sangue e amor a nós unir... Somos irmãos reunidos na Pessoa do mesmo Pastor: Jesus. Nossa finalidade é a mesma ser "Una Sancta", escreve a Karl Muth. Na verdade, sua primeira obra catolica: Hinos à Igreja, de 1924. Quero os braços da Igreja, porta que abre para dentro. "Nenhum dos que te deixaram te conheceram. (...) Parece ouvir as vozes da Cristandade alemã. Os salmos... nas igrejas medievais. Clarão sem solidão! Eis a Igreja no Corpo mistério ou místico de Cristo. Aí se bebe a Sagrada liturgia e os Evangelhos. Entre 1924 e 1926, temos a Dogmática de Ernest Troeltsch, professor protestante. Esta obra foi organizada por Gertrudes Van Le Fort. Esta observa o imperativo de Kant... no neocristianismo: Deus revela ao coletivo até ao indivíduo. A religião está presa entre a história e a filosofia no coração ❤️ de Gertrudes Van Le Fort. Esse neo platonismo religioso prega a tolerância e solla6 scriptura. Contudo, após um ano da publicação da Dogmática acima mencionada, Gertrudes Van Le Fort se converte ao Catolicismo. A Escritora vou a Igreja como Rocha Firme para encontrar o Pastor da Unidade e dos sentidos opostos: Jesus. A graça é mais forte que as ideologias religiosas e muros ... Escreve O Papa do gueto em 1930, A última do Cadafalso em 1931 e A senhora se Barby em 1940. Em todos, o amor, Seus e a Igreja estão no centro das tramas... Descreve perseguições aos católicos... E todo crime ao homem é uma nódoa na Face Divina. Em A coroa dos anjos, de 1946, faz crítica ao ateísmo alemão. O ódio entre Guefos e Gibelinos como critica... Negação do passado alemão para a crueldade militar...No artigo de 1947, Nosso caminho através da noite, Gertrudes avalia a crise cultural da modernidade: a negação do pecado, a vitória temporária do maligno, fragilidade do homem, rumos da injustiça coletiva e crimes na Alemanha. Depois, surge a segunda guerra mundial. Nesse ambiente de negatividade e ateísmo, acende sua fé em Jesus, médico e luz para os perdidos no sistema em trevas. Nesse contexto de guerra, Gertrudes busca refúgio e paz na Suíça, aconchegante e hospitaleira desde sua infância. Ao voltar à Alemanha, deixa belo legado de católica escritora. Sua perene mensagem é lição de vida: " Em Cristo, não há vencedores e vencidos. Apenas reconciliados" entre si no perdão sincero e em Jesus na Cruz. Está é a ordem de Jesus a todos! -----
Conheça estudos de Dogmática Católica Apostólica Romana em: Michael Schmaus. Trad. Marçal Versiani. A fé da Igreja: Fundamentos. 2a. edição. Petrópolis: Vozes, 1982. 196 p. ______ Leia carta Apostólica de Papa Francisco sobre a Literatura. 2014.