A ESTUDAR ESSE TAL DE SAPIENS

A ESTUDAR ESSE TAL DE SAPIENS.

Esse ano comemora-se dez anos do lançamento do livro “Sapiens - Uma breve história da humanidade.” Com essa obra o seu autor, Yuval Noah Harari, tornou-se um respeitado pensador , com todos ao méritos. No livro são descritos e analisados s três grandes saltos da raça humana e suas conseqüências: as revoluções cognitiva, agrícola e científica. Com essa proposta, Harari tece uma inteligente explicação de como chegamos ao estágio em que nos encontramos como sociedade, como cultura e como indivíduos. Também faz muitas previsões dos próximos estágios que provavelmente viveremos. Alguns aspectos desses presságios são maravilhosos e outros são catastróficos para nossa raça. Como tenho uma fé infinita no ser humano, acredito que vai acontecer o melhor. Mas existem outras análises em outra obras que devemos, acredito eu, levar em consideração.

Há dois anos, fuçando uma livraria como tenho costume, adquiri um volume do livro “As últimas notícias dos Sapiens - Uma revolução nas nossas origens.” A princípio considerei de mau gosto utilizar o nome de outra obra como título dessa obra. Mas, antes de comprar, li as contracapas onde aparecem resumo das qualificações dos autores, Silvia Condemi e François Savatier, bem como do conteúdo da obra. Considerei ser Harari incontestável, mas seria importante ler alguma matéria sobre as pesquisas arqueológicas e antropológicas (matérias que amo) atuais. Comprei o livro, pois os fatos ocorrem misturados com ciências humanas e materiais. Nem só de espírito ou de concreto vive a humanidade.

Começa descrevendo o surgimento dos Sapiens miscigenados com diversos outras duas ou três raças também humanas. Desceram das árvores onde viviam , em terra evoluíram para serem bípedes (a mais importante transformação humana), exploraram e ocuparam o planeta e descobriram muitas possibilidades nos últimos 100 mil anos.Embora já existissem desde 300mil anos.Vieram da África, herdaram as culturas dos antepassados. Os australopitecos já tinham mãos semelhantes às nossas há 2,9 milhões de anos, mas o diferencial dos Sapiens foi aprender a viver em grupos (bandos) e se defender, a caçar em bandos também. Com isso criaram um tesouro inédito, que nenhum animal tinha: cultura. Uma coisa que passava de geração para geração, permitindo um conhecimento inicial para os novos a partir do qual era possível desenvolver outras habilidades. Em conseqüência disso tudo criou o sentimento de pertencer ou representar uma espécie, grupo , ou bando. O pertencimento tornou-se a mais importante relação entre o indivíduo e o grupo. Saber que temos inúmeras coisas em comum com uma coletividade nos conforta e orgulha.

Mas, no meu entender, o grande ponto de mutação dos Sapiens foi a adoção do bipedismo para locomoção. Essa habilidade permitiu que as mãos ficassem livres, enquanto o indivíduo andava ou corria, para lutar, atacar, se defender, catar alimentos, etc. E, a maior conseqüência do bipedismo foi “provocar” um aumento nas atribuições do cérebro que, por sua vez, causou aumento de tamanho desse orgão. Com as mãos livres e a possibilidade de correr mais rápido, o sapiens evoliu, desenvolveu habilidades sofisticadíssimas com as mãos e,com seu espírito comunitário, expandiu seu domínio por todo o planeta, multiplicando-se mais que a maioria dos animais. Em conseqüência provocou a extinção de diversas espécies de animais e tem a possibilidade de comprometer a vida na Terra.

Fica para a próxima.

Paulo Miorim 19/03/2024

Paulo Miorim
Enviado por Paulo Miorim em 22/06/2024
Código do texto: T8091013
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.