Deixa eu completar... por Múcio Ataíde
Múcio lançou seu décimo-terceiro livro em estilo. Para uma plateia de meia dúzia, aí incluído o petiz Artur. Tive a ventura de estar entre os adultos presentes. O evento deu-se em 10 de maio corrente, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de Pitangui, um amplo e iluminado salão que comporta um batalhão. Mas valeu para o pelotão.
Obreiro e pregador das letras, o Múcio, confrade e conterrâneo recantista não engana no laborioso e lavor. Enfrenta a inana e se sai bacana. A sessão transcorre tranquila, até serem acionados os alto-falantes do vizinho Bar do João do Beijo, cujas sextas, de tempos imemoriais,, são regadas e regaladas de música ao vivo, nas interpretações extraordinariamente belas da goela do próprio João. Pena é a coincidência das duas operações...
Mas vá lá, para os bons de ouvidos, uma orelha na viola, e um par delas no livro do Ataíde. Dos Ataídes, aliás, pois pai e filho compartilham nome e sobrenome ... e com seu linguajar poético, o menino envolve o homem, com a sua inesgotável volúpia de antecipar o desfecho de cada história perante a mais inesgotável ainda paciência ...e firmeza, paternas. É quase toda a obra uma louvação ao progenitor, nas mais diversas situações, sempre presente na bem cuidada narração do filho, com umas pitadas do mais fino humor cotidiano.