O PREÇO

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(Re)Engenharia do Rock

Leonardo Daniel

O PREÇO

Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger

O preço que se paga às vezes é alto demais

É alta madrugada, já é tarde demais

Pra pedir perdão

Pra fingir que não foi mal

Uma luz se apaga no prédio em frente ao meu

Sempre em frente, foi o conselho que ela me deu

Sem me avisar que iria ficar pra trás

E agora eu pago os meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Eu pago meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Pensei que era liberdade, mas na verdade

Eram as grades da prisão

O preço que se paga às vezes é alto demais

É alta madrugada, já é tarde demais

Mais uma luz se apaga no prédio em frente ao meu

É a última janela iluminada

Nada de anormal

Amanhã ela vai voltar

Enquanto isso eu pago os meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Eu pago meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Pensei que era liberdade, mas na verdade

Me enganei outra vez

Outra vez

E agora eu pago os meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Eu pago meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Eu pago meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

Pensei que era liberdade, mas na verdade

Era só solidão

Análise Pessoal:

Em “O Preço” temos a revelação de que se pagando o preço pode-se viver só uma vez, uma última vez. Só que isso acontece somente às vezes, e no fim é um preço muito alto a se pagar. (O preço que se paga é alto demais)... não há como voltar atrás, pois é alta madrugada, e nem adianta pedir por perdão e fingir que não foi mal, já que no fundo foi... mas é de alguém muito especial que estamos falando. Uma luz que se apaga bem de frente ao prédio seu, é na verdade a luz da vida que se apaga, na qual é a vida da pessoa amada que se finda. E ela indo embora mesmo tarde (Uma luz se apaga no prédio em frente ao meu) é cedo demais, e: “Sempre em frente, foi o conselho que ela me deu”. Sem o eu lírico saber que ela iria ficar pra trás.

E agora eu pago os meus pecados por ter acreditado

Que só se vive uma vez

O acreditar já ocorreu e agora não tem como mais voltar atrás, no começo ele pensou que era liberdade, mas na verdade eram as grades da prisão, um corpo que vira prisão de alguém que está enlutado. Há ainda a vida de outra pessoa, que tem ligação afetiva com ele, mas que também vai se apagar: “

Mais uma luz se apaga no prédio em frente ao meu

É a última janela iluminada

Nesse caso como eles não tiveram nada, essa pessoa voltará a nascer:

Nada de anormal

Amanhã ela vai voltar

Enquanto isso, ele paga os seus pecados por ter acreditado que só se vive uma vez. Isso por mais duro e cruel que seja não é absurdo por ser Lei, e isto já ocorrera antes (Me enganei outra vez)... outra vez! E... “Pensei que era liberdade, mas na verdade/Era só solidão”.

À guisa de conclusão:

Um preço muito alto para quem terá que esperar para ir embora, morrer em boa hora... o preço de ficar aqui sem ela é alto demais, e não tem como voltar atrás, fingir que não foi mal e assim tentar sorrir perante a Lei. A Lei do Amor. O corpo vivo vira grades, o que era pra ser liberdade é só solidão. De um ‘agora’ vamos para um ‘até quando’...

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Leonardo Daniel

21/08/2023