POR ONDE ANDEI
WEB RÁDIO EVIDÊNCIA APRESENTA:
(Re)Engenharia do Rock
Leonardo Daniel
POR ONDE ANDEI
Nando Reis
Desculpe
Estou um pouco atrasado
Mas espero que ainda dê tempo
De dizer que andei errado
E eu entendo
As suas queixas tão justificáveis
E a falta que eu fiz nessa semana
Coisas que pareceriam óbvias
Até pra uma criança
Por onde andei
Enquanto você me procurava?
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Amor, eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem, uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama
Por onde andei
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Uh, uh, uh
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Uh, uh, uh
Amor, eu sinto a sua falta
E a falta é a morte da esperança
Como um dia que roubaram o seu carro
Deixou uma lembrança
Que a vida é mesmo
Coisa muito frágil
Uma bobagem, uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama
Por onde andei
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Uh, uh, uh
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Uh, uh, uh
Por onde andei
Enquanto você me procurava?
E o que eu te dei
Foi muito pouco ou quase nada
E o que eu deixei?
Algumas roupas penduradas
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Uh, uh, uh
Ah, ah, ah, ah, ah, ah
Uh, uh, uh
Análise Pessoal:
Em “Por onde Andei” fala de um reencontro, pretendido há muitíssimo tempo atrás, que parece ter estado atrasado, quando na verdade era a hora certa e a coisa certa, também. Ele o eu lírico tem uma relação espiritual com o seu interlocutor, que irá permear todo conjunto da música, ele, o eu, sentia muito a falta desse contato, dessa troca... como se fosse uma coisa óbvia até para uma criança. E criança é o interlocutor. E o interlocutor é o Amor, personificado no tema da presença. Vejamos a letra:
Será que eu sei
Que você é mesmo
Tudo aquilo que me faltava?
Sim, ele sabe... mas não há palavras a serem ditas... ele sente a falta que o Amor faz, e a esperança perde a força desde o dia que levaram o seu carro, veículo existencial, nem sempre dirigido pelo interlocutor, e que pode ser a Alma Gêmea do Amor. E para o Amor, o eu lírico deixou algumas roupas penduradas, roupas também são corpos, veículos, que ele teve que deixar de usar. Porque ele permitiu que a vida fosse:
Coisa muito frágil
Uma bobagem, uma irrelevância
Diante da eternidade
Do amor de quem se ama
À guisa de conclusão:
Na verdade ele andava sinceramente se preparando para essa troca de almas, assim como o Centauro Quírom e Prometeu, o eu lírico sacrifica sua condição divina para permitir que o casal escolhido possa voltar para o paraíso, de forma definitiva. E ele paga um preço muito alto, pois ele volta ao mundo dos mortais. Esse sacrifício não tem nome, e é um dos gestos mais bonitos. E enfim ele encontrou o que sua alma procurava. A salvação do poeta, Eros e da motorista, Psiquê...