※A morte de Ivan Illich※
O romance é mais que uma lágrima de lamentação pelo destino inexorável: é um estrondoso grito para que a vida tenha significado e que o desperdício não seja a norma geral ou sinônimo de felicidade
Por volta dos cinquenta e cinco anos de idade, o maior escritor russo de sua época, o autor de “Guerra e Paz”, a “Ilíada” do povo russo, e de “Anna Karenina”, Liev Tolstoi interrompe toda a sua produção artística e chega mesmo a renegá-la. Em sua crise existencial tudo perde valor e sentido, pois percebe o nada imenso de seu destino, assim como o de todo o ser humano.
Deste momento em diante seu olhar se voltará para a compreensão do inexplicável, buscará contemplar a angústia primitiva do ser humano e, talvez como poucos, terá a coragem de encarar resolutamente o problema que o destino impõe ao homem: a humanidade interrogando seu próprio destino!
“Por que viver? Qual a causa de minha existência e a dos outros? Que finalidade tem minha vida e a de todos os seres vivos? O que significa a dualidade entre o bem e o mal que sinto em mim? Como devo viver? O que é a morte? Como poderei salvar-me?” São frases que anotou em uma folha de papel, sua companheira por toda a vida