JÚLIO CÉSAR
"Júlio César" é uma tragédia histórica escrita por William Shakespeare, que se passa na Roma Antiga. A peça foi provavelmente escrita em 1599 e foi uma das primeiras obras de Shakespeare a ser encenada no famoso Globe Theatre de Londres; que conta a história do assassinato de Júlio César, líder romano, e suas consequências.
A trama da peça segue a conspiração liderada por Cassius e Brutus para assassinar Júlio César, que se tornou uma figura cada vez mais poderosa e autoritária em Roma. Apesar de sua hesitação inicial, Brutus finalmente decide se juntar ao plano de Cassius, em nome da liberdade e da república romana.
O assassinato de César, no entanto, leva a consequências inesperadas e devastadoras, incluindo uma guerra civil e a ascensão do imperador Augusto. A peça lida com temas como ambição, poder, lealdade, traição e as consequências imprevisíveis da ação política, típicos das obras de Shakespeare, o que torna suas peças muito interessantes! Entre os personagens notáveis estão o próprio Júlio César, o leal amigo e seguidor de César, Marco Antônio, e o jovem general romano, Octavius César, que mais tarde se tornaria o primeiro imperador de Roma.
A peça tem sido objeto de muitas interpretações e análises críticas, incluindo debates sobre a natureza da liderança política, a relação entre a história e a tragédia e o papel da conspiração e da violência na mudança social.
Diálogo entre Brutus e Cássio (Ato I, Cena 2):
Brutus: "O que é para ser temido não é a morte, mas a conduta má. Se vivemos retamente, podemos morrer tranquilamente."
Cássio: "É verdade, e, por isso, César deve morrer. Pois temo que possa ser perigoso para a nossa liberdade."
Diálogo entre César e Calpúrnia (Ato II, Cena 2):
Calpúrnia: "Não vás hoje ao Senado, meu senhor. Os presságios são funestos."
César: "Minha querida, não deves temer. Os homens podem prever o destino, mas não podem mudá-lo."
Diálogo entre Antônio e o povo (Ato III, Cena 2):
Antônio: "Amigos, romanos, concidadãos, ouvi-me! Venho para enterrar César, não para louvá-lo. O mal que os homens fazem é frequentemente lembrado, enquanto o bem é esquecido. Mas deixemos de lado as suas falhas e honremos a sua memória."
Diálogo entre Brutus e Cássio (Ato IV, Cena 3):
Brutus: "Cassius, tuas palavras me ferem mais do que as punhaladas de nossos inimigos."
Cássio: "Meu caro Brutus, não me leves a mal. Tudo o que fiz foi para o bem de Roma."
Diálogo entre Octávio e Antônio (Ato V, Cena 1):
Octávio: "O inimigo está próximo. Vamos preparar-nos para a batalha."
Antônio: "Sim, mas vamos fazê-lo com moderação. Não queremos ser tão cruéis como os nossos inimigos."
A peça começa com César retornando a Roma após uma vitória na batalha contra Pompeu. Seus amigos e inimigos começam a conspirar contra ele, liderados por Cassius e Brutus. Eles acreditam que César está se tornando tirânico e deve ser assassinado para preservar a liberdade romana. Brutus é persuadido por Cassius a se juntar à conspiração, apesar de sua lealdade a César. Enquanto isso, César é avisado de que algo está para acontecer, mas ignora os avisos e vai ao Senado, onde é cercado pelos conspiradores e assassinado.
A morte de César leva a uma série de eventos que culminam na guerra civil romana. Os conspiradores tentam justificar seu ato para o público romano, mas a população se volta contra eles. Enquanto isso, o amigo leal de César, Marco Antônio, começa a reunir apoio para vingar a morte de César. A trama inclui uma série de diálogos poderosos e icônicos, incluindo o famoso monólogo de Brutus "Amigos, romanos, conterrâneos, emprestem-me seus ouvidos" e a resposta de Marco Antônio, "Amigos, romanos, compatriotas, ouçam-me por um momento".
A peça explora temas de lealdade, honra, traição, poder e amizade, e é considerada uma das maiores tragédias de Shakespeare.
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Ronald Sá, é ator, dramaturgo, diretor e professor de teatro. Tem mais de 30 textos teatrais escritos, tanto infantil e adulto. Mora em São Luís do Maranhão. Começou a se interessar pelas letras desde criança. Formado em Artes Cênicas, tem um grupo de teatro na periferia da cidade maranhense, Anjo da Guarda. Bairro cultural, celeiro de vários artistas. Atuou, escreveu e dirigiu 26 espetáculos.