"X" volume 18: inconclusão
O grupo CLAMP deve ter causado grande decepção entre os fãs ao interromper a série "X" no volume 18, deixando toda a trama em suspenso.
É bem verdade que a publicação foi até 2002 e o argumento referia-se à ameaça de fim do mundo em 1999/2000. Terá alguma relação? Mas parece que o animê, que desconheço, foi mais longe e deu um desfecho.
Há quem diga que "X" é a obra-prima da CLAMP, mas não sei de onde tiraram essa ideia. A história é violenta, cruel, confusamente desenhada e roteirizada e por demais inverossímil. As cenas de combate e destruição podem ser consideradas indigestas.
CLAMP tem coisas muito melhores, como "Guerreiras Mágicas de Rayearth" e "Kobato".
Resenha do volume 18 (Nataku) do mangá "X", do Estúdio CLAMP (Kadokawa Shoten, Tóquio, 2002), edição brasileira da JBC (S. Paulo -SP), sem data.
"Mesmo que esteja dormindo uma criança é capaz de ouvir."
(Karen para Nataku)
"É uma grande mentira dizer que você não tem alma!"
(idem)
"Se ninguém tem o direito de matar alguém, por que será que perdem de vista algo tão importante?"
(Fuuma)
O volume 18 termina com o anúncio da batalha final, quando Tóquio está quase destruída e restam apenas três barreiras, inclusive a Torre de Tóquio. E, pelo que dizem, se Tóquio for destruída a Terra será destruída. Em certas histórias japonesas parece que Tóquio é o centro do mundo.
Mas para que os "dragões da terra" querem destruir o mundo se eles próprios serão eliminados?
A história chega a ser chata com essa história dos verdadeiros desejos dos personagens, que por vezes são auto-destrutivos, e põe ênfase numa série de coisas que não parecem importantes. O Kamui, embora o personagem principal, não consegue ter protagonismo, por isso deveria estar reservado para a batalha final, que não foi desenhada.
O volume põe destaque em Nataku, o rapaz criado artificialmente e colocado entre os dragões da terra, mas que Karen descobre ser ele não só uma pessoa humana, mas ter mentalidade de criança.
Um desperdício ele ser morto logo em seguida pelo Fuuma.
O que viria em seguida, se a CLAMP houvesse continuado a novela gráfica?
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2023.